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Escola de Ciclismo da Semes ensina, inclui e forma campeões

Publicado: 29 de maio de 2017
14h 38

Crianças aprendendo a andar de bicicleta, talentos sendo revelados e pessoas com deficiência incluídas no esporte. Esses são os resultados do trabalho realizado pela Escola de Ciclismo da Secretaria de Esportes. As aulas são dadas no Centro Esportivo e Recreativo Rebouças, na Ponta da Praia.

Entre as lições ensinadas estão técnicas de equilíbrio, segurança e como pedalar em grupo. As aulas são para turmas limitadas a 20 alunos. A escola oferece bicicleta e capacete, mas quem preferir pode usar equipamento próprio. O curso atende crianças, mas também tem vagas para adultos que não sabem andar de bicicleta ou que deixaram de pedalar por algum trauma.

Alguns chegam para aprender tudo, como Bruno Paica, 6 anos, morador da Aparecida. “Estou gostando e aprendendo. Logo vou andar sem rodinha”. Vinicius Neves, 9 , da Ponta da Praia, já sabia andar de bicicleta mas está frequentando as aulas. “ Meu pai sempre pedalou e resolvi pedalar também. Quero melhorar. Não vejo a hora de competir”.

Morador da Aparecida, Mateus Xisto, 9, gosta de andar de bike em grupo. “Aprendi a pedalar melhor. O que mais gosto é quando tem que acelerar. É bom estar com outras crianças, muito melhor do que sozinho”.

Talentos

“O primeiro objetivo é o de ensinar e levar as pessoas para a prática da atividade física. Mas é claro que em todo o esporte existem aqueles que se destacam. Quando isso acontece eles passam para a equipe do Memorial Kids/Semes e, de lá, podem chegar na elite”, explica o professor Luiz Nunes.

Não à toa, a equipe de ciclismo Memorial/Fupes é uma das mais fortes do Brasil. Quatro dos atletas desse grupo foram revelados na Escola de Ciclismo do Rebouças. Caio Santana, João Lisboa, Thaina Araujo e Isabela Luz hoje competem por todo o País representando Santos.

'Veterana'

A Escola de Ciclismo do Rebouças funciona há 18 anos e tem entre seus alunos uma veterana: Francisca Pillini, 24 anos, moradora do Embaré, tem síndrome de down e frequenta as aulas de ciclismo há 17 anos. “Eu amo o Luis (professor) e eu sou muito feliz aqui”.

A mãe de Francisca, Elisabete Pillini, fala das aulas com alegria. “Quando a Fran chegou aqui não sabia andar. O ciclismo ajuda a controlar o peso dela. Ela fica mais alegre, leve, e até compete. Aqui ela fez amizades para a vida toda. Muitos hoje são adultos e ela os encontra por toda a C idade, até quando pedala pela ciclovia da praia”.

Inclusão

O pequeno Miguel Canoilas é outro exemplo de inclusão. Com apenas três anos, ele se diverte o tempo todo. Nas aulas, o menino usa uma handcycle, bicicleta de três rodas e movimentação dos pedais pelas mãos.

Miguel nasceu com mielomeningocele e hidrocefalia, o que prejudicou seus membros inferiores. “Como qualquer criança ele tem o desejo de andar de bicicleta. Sabemos o quanto isso é importante para o desenvolvimento. Aqui ele tem o acompanhamento profissional e está incluído com outras crianças”, diz satisfeita a mãe, a pedagoga Danielle Romay Canoilas.

Antes de serem integradas às aulas de ciclismo, as pessoas com deficiência são avaliadas pela Seção de Esportes Adaptados. Quando necessário, um professor participa do processo de inclusão do aluno na turma.

Serviço

Inscrições: de segunda a sexta ,das 8h30 às 17h30, na Praça Engenheiro José Rebouças s/nº, Ponta da Praia
Documentos: RG, comprovante de residência, duas fotos 3x4 e atestado médico atualizado
Aulas: terças e quintas, das 9h às 11h e das 15h às 17h.

Foto: Francisco Arrais