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Equipe de limpeza da orla dobra durante a temporada de verão

Publicado: 13 de fevereiro de 2017
14h 52

Manter a cidade limpa, em especial a orla, onde há maior concentração de pessoas na temporada, seja de munícipes ou turistas, requer reforço do trabalho da Prefeitura e de profissionais dedicados. De dezembro até o carnaval, dobra o número de garis na orla: de 70 passa para 140. Por dia, são retiradas cerca de 80 toneladas de lixo da faixa de areia, calçada e jardim, enquanto fora da temporada, a quantidade é de 40 toneladas.

Em ambos os casos, 70% do material chega à praia pela maré. São resíduos descartados inadequadamente em torno da ilha, como por exemplo caixas de leite, garrafas PET e vegetação do mangue, segundo Carlos Eizo, assessor técnico da Secretaria de Serviços Públicos (Seserp), que gerencia o contrato da limpeza urbana da Terracom.

Retirar esse material é a primeira etapa da limpeza da orla que inicia todos os dias de madrugada, com uma equipe às 4h, tendo auxílio de dois rastelos mecânicos, duas pás carregadeiras e dois caminhões basculantes trucados, no trecho que vai do Aquário até a divisa de Santos com São Vicente.

O trabalho

O trabalho manual começa às 6h pelas margaridas na faixa de areia seca, com uso do rastelo, nas calçadas e jardim, com vassouras, além do serviço de ‘cata folha’. O material é ensacado e retirado pelo caminhão coletor. Os homens cuidam da capinação e da retirada de areia das calçadas.

Fora da temporada, a limpeza na orla termina às 15h, mas até o carnaval o serviço é reforçado pela segunda turma de mais 70 garis, que vão até 23h20, executando o mesmo serviço. “Junta muita sujeira, principalmente nos finais de semana. Recolhemos muitos copos, canudos, plásticos”, explica o encarregado de operações do setor praia, da Terracom, Wagner da Silva.

À tarde e à noite o caminhão ‘gaiola’ faz várias passagens em toda praia para recolher o material das barracas de praia e dos ambulantes. Outro equipamento é o 'beach cleaner', capaz de recolher palitos, tampinhas de garrafas, pontas de cigarro, entre outros micro resíduos, que estejam até 20 cm abaixo da areia fofa. No total, a Cidade conta com 600 garis, fiscalizados pela Prodesan, sob gestão da Seserp.

Margaridas

Sob sol ou chuva, frio ou calor, não importa. Para a turma da limpeza urbana não existe tempo ruim, literalmente. Nem mesmo durante a temporada de verão e na orla, quando e onde o trabalho é mais puxado devido ao calor e a maior quantidade de lixo recolhido.

As margaridas usam uniforme amarelo, formado por blusa e calça largas, boné e uma botina, mas nem por isso escondem a vaidade. Jandaia Augusta Rodrigues Fernandes, 33 anos, que trabalha na função há 1 ano e 8 meses, é uma delas. “Mulher tem que se arrumar, independente do trabalho”, defende ela, que não abre mão do batom e o lápis nos olhos.

Há quatro anos na função, Adriana dos Santos, 36, gosta de todo trabalho, “de limpar a areia, de catar folhas”. E acrescenta: “minha conscientização sobre limpeza, mudou bastante. Desde quando comecei a trabalhar aqui, trago uma sacolinha para a praia”.

Outra mulher que exerce o serviço com prazer é Juliana Boaventura de Paula, de 22, que deu à luz a Thaylon, de 4 meses. “Trabalhei os nove meses e só parei 15 dias antes do bebê nascer. Foi tudo tranquilo. Eu gosto do que faço, de ver as pessoas e de cuidar da praia. Faço a limpeza daqui como cuido da minha casa”.

Foto: Susan Hortas