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Consultório na Rua, porta de entrada aos serviços da Saúde, realiza mais de 1.200 atendimentos

Publicado: 17 de agosto de 2015
12h 40

As palavras atenção, cuidado, escuta e vínculo definem o trabalho desenvolvido junto a pessoas em situação de rua pelas equipes do Consultório na Rua, iniciativa da Secretaria de Saúde realizada desde 2012 que atua como porta de entrada aos serviços da Prefeitura. No primeiro semestre foram 1.206 atendimentos, com 230 encaminhamentos às unidades da rede e à pasta de Assistência Social, entre outros órgãos.

Assegurando a cidadania para que seja construído um modo de vida mais saudável, o serviço vinculado ao Departamento de Atenção Básica propicia atenção integral à saúde deste público. Com dois braços de atuação - o Caminhos da Cidadania e o Saúde na Rua-, conta com equipe formada por enfermeira, assistente social, psicólogo e cinco técnicos de enfermagem.

Os encaminhamentos ocorrem conforme a necessidade, condições e desejo da pessoa, incluindo atendimento aos usuários de álcool e drogas. “A ação procura ajudá-los a cuidar de sua saúde da melhor maneira possível e, a longo prazo, a construir um caminho para que saiam das ruas”, afirma a coordenadora Rosa Gil Marsal, ressaltando a importância de estabelecer vínculos. “É condição essencial que essas pessoas se sintam acolhidas, percebam a importância do cuidado para consigo e aceitem tratamento”.

Nas ruas, o cuidado

Aferição de pressão arterial; testes de glicemia, sífilis, HIV e hepatite; coleta para diagnóstico da tuberculose; curativos; e medicação supervisionada estão entre os procedimentos realizados. Também são feitos agendamentos e acompanhamentos em consultas, exames e internações, e discutidos os casos com a rede de serviços.

No Caminhos da Cidadania, uma van adaptada com dois consultórios fica estacionada em locais estratégicos na Vila Nova, José Menino e Zona Noroeste. “O cuidado não é só fazer curativo, é também a escuta e o acolhimento. Damos a oportunidade para essas pessoas voltarem a sonhar”, diz a enfermeira da equipe, Simone Jardim Aoki. O outro veículo, tipo Kombi (Saúde na Rua), circula atendendo pessoas e pequenos grupos.

Confiança

Pouco a pouco, a equipe do Saúde na Rua ganhou a confiança de Antônio Carlos de Toledo, de 50 anos, de São Paulo, há 30 em Santos. “Eles são ótimos, me dão atenção e me orientam”, diz ele, que precisará se submeter a uma cirurgia no pé. Aceitando tratamento para se livrar do alcoolismo, acaba de se inserir na Casa Belém, unidade para atendimento a dependentes químicos em situação de rua, dentro do Programa Recomeçar, da Prefeitura. E também começa a se reaproximar da família.

Saiba mais

- Média de 120 pessoas atendidas/mês
- 75 testes de HIV, sífilis, hepatites e gravidez, e 673 doses de vacinas aplicadas contra a gripe no 1º semestre

Perfil dos atendidos:
66% homens
34% mulheres
23% - idade entre 20 a 29 anos
31% - 30 a 39 anos
20% - 40 a 49 anos
10% - 50 a 59 anos
5,5% - acima de 60 anos

Principais incidências
- A maior parte faz uso de tabaco, álcool e outras drogas
- Tuberculose, sífilis, HIV, hepatite, problemas de pele, doenças crônicas, problemas odontológicos, sofrimentos mentais, gravidez

Foto: Rogério Bomfim