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Comitê vai ampliar investigação e prevenção da transmissão da sífilis

Publicado: 30 de agosto de 2017
12h 28

No próximo dia 15, às 9h30, será realizada na Coordenadoria de Controle de Doenças Infectocontagiosas a primeira reunião do Comitê de Investigação e Prevenção da Transmissão de Sífilis Adquirida e Congênita, da Prefeitura de Santos.

Na última segunda (28), foi publicada no Diário Oficial a portaria que nomeia os integrantes do grupo criado para mapear os problemas e propor soluções visando reduzir os casos da doença e ampliar as ações de prevenção e assistência aos pacientes.

O comitê é coordenado pela chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras, e também reúne profissionais e gestores da Seção de Vigilância Epidemiológica, departamentos de Atenção Básica, Especializada, Regulação e Atenção Pré-Hospitalar e Hospitalar, grupos técnicos da Saúde da Mulher e da Saúde da Criança, Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), Comissão Municipal de Aids (Comaids) e do Conselho Municipal de Saúde.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a sífilis adquirida (transmitida por relação sexual) voltou a ser uma epidemia no Brasil e o número de casos vem aumentando ano a ano. Entre 2014 e 2015, o crescimento foi de 32,7%. Em Santos, no ano de 2014, foram confirmados 466 casos da doença entre adultos e, em 2015, foram 598 casos – aumento de 28,3% no período. No ano passado (2016), houve o diagnóstico de 738 casos, o que representou um aumento de 23,4% na comparação com 2015.

Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis tem como principal via de transmissão o contato sexual, mas também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez ou no momento do nascimento. O quadro primário, chamado cancro duro, é caracterizado por úlcera genital. Se não tratada, muitas vezes os sintomas desaparecem e a descoberta da doença ocorrerá somente por exame de sangue.

Profissionais são capacitados para diagnóstico e tratamento

Para aprimorar o controle da sífilis durante a gravidez, que pode resultar em abortos, malformação do feto e transmissão da doença ao recém-nascido (congênita), a SMS capacita permanentemente os profissionais de saúde. Nesta terça (29) e quarta (30), 130 enfermeiros e médicos das policlínicas e do Instituto da Mulher receberam reforços sobre os protocolos de diagnóstico e tratamento da sífilis, que inclui o uso de penicilina benzatina (Benzetacil), que é aplicada em três doses durante o pré-natal.

Em 2015, Santos registrou 35 casos de sífilis congênita e, em 2016, foram 31 casos – redução de 11,4%. A capacitação foi realizada no auditório do Centro Administrativo da Prefeitura, ministrada por médicos apoiadores do programa Mãe Santista, e também abordou ações para detecção e tratamento de infecção urinária, hipertensão e diabetes entre as gestantes atendidas na rede municipal.