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Cidade terá monitoramento inteligente no combate à dengue

Publicado: 21 de novembro de 2011
20h 00

De forma pioneira na região, Santos contará até o início do próximo ano com o monitoramento inteligente dos agentes transmissores da dengue. O sistema, desenvolvido em parceria pela empresa Ecovec e Universidade Federal de Minas Gerais, será contratado pela prefeitura para aprimorar o planejamento e desenvolvimento de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.

O anúncio foi feito, dia 22, no salão nobre da prefeitura, durante reunião do Comitê Municipal de Mobilização Contra a Dengue – que reúne representantes de setores da sociedade e do poder público, sob presidência do prefeito João Paulo Tavares Papa.

A chefe do Departamento de Vigilância em Saúde da SMS (Secretaria de Saúde), Iraty Nunes Lima, apresentou histórico da dengue no município e o plano de contingência 2011-2012.

A tecnologia é utilizada, por exemplo, em Cingapura e nos Estados Unidos, e começa a ser implantada no Brasil em cidades de Minas. Em São Paulo, foi adotada em Paraguaçu Paulista. Ela consiste na adoção de armadilhas (500 em Santos) para captura do mosquito e análise em laboratório se possui o vírus da dengue e, em caso positivo, qual seu subtipo (1, 2, 3 ou 4).

“O nosso foco principal é a possibilidade do advento na cidade do subtipo 4, que traz risco de epidemia com maior gravidade. Com o sistema, poderemos antecipar a identificação da sua chegada e mobilizar o trabalho de prevenção e combate”, explica a secretária de Saúde, Maria Ligia Lyra Pereira.

Comitê
Papa disse que preciso haver preocupação permanente do poder público e sociedade civil com a dengue, devido à proximidade da temporada de verão, período em que aumenta o número de casos da doença. “Santos está aparelhada para ter bons resultados na luta contra a dengue. E, por meio do trabalho do comitê, temos cobrado a participação de diversos segmentos da cidade”.

A reunião teve a participação de representantes da estatal portuária e do presidente da ABTTC (Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres), Martin Arono. Também estiveram presentes o vice-prefeito e secretário de Assistência Social, Carlos Teixeira Filho, o presidente da Unimed Santos e representante da Associação Comercial de Santos, Raimundo Macedo.

Dengue
Dados da Seviep (Seção de Vigilância Epidemiológica) apontam que foram notificados em Santos 117 casos de dengue em 2011, sem nenhum óbito. Em 2010, ano mais crítico da doença na cidade, foram 8.021 casos, com 23 mortes.

Entre as ações desenvolvidas pela prefeitura estão o desenvolvimento permanente de vistorias de casa em casa, mutirões nos bairros (268 toneladas recolhidas em 2010), capacitações de profissionais e campanhas educativas.

Por meio da lei complementar 671, de 2010, os agentes de controle de vetores também tiveram facilitado o ingresso em imóveis onde havia recusa ou ausência do morador ou responsável. Desde então, a legislação foi responsável por 137 intimações e 9 autos de infração (multas), com a eliminação de 78 focos de dengue.