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Ave em tratamento no Orquidário é levada para Museu de Zoologia da USP

Publicado: 23 de abril de 2017
10h 02

Depois de quase dois meses em tratamento no Orquidário de Santos, a ararajuba - ave nativa da região norte do País e ameaçada de extinção, foi levada para o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), na tarde de sábado, 22/04, com o objetivo de ser reintegrada à natureza.

“Faremos testes psicológicos e sanitários no animal e, após os resultados, a colocaremos em um cativeiro com aves da mesma espécie para adaptação. Só depois disso saberemos se estará apta ou não a voltar para a natureza. Se estiver, será solta no Pará com monitoramento adequado. No entanto, caso não esteja, irá integrar o grupo de cativeiro para reprodução”, explicou o curador da seção de aves do Museu de Zoologia da USP, Luís Fábio Silveira.

De acordo com ele, a previsão para o processo de adaptação é de três meses, mas o período depende do comportamento do animal. “Foi importantíssimo o trabalho do Orquidário em todo o processo. Aqui, o animal recebeu todos os cuidados necessários, possibilitando ter uma segunda chance”, acrescentou.

Segundo o chefe da unidade de veterinária do Orquidário, José Heitzmann Fontenelle, a ararajuba é muito dócil e uma das principais medidas quando chegou ao local foi diminuir o contato humano. “Introduzimos também frutas em sua alimentação, contrariando a vontade da ave de querer apenas semente de girassol. Pouco a pouco os hábitos irão mudar. A partir de agora fará parte do Programa de Reintegração de Ararajubas da USP e estamos felizes”, ressaltou.

Histórico – No início de março deste ano, a ave chegou ao parque, trazida por biólogos do Centro de Triagem de Animais Selvagens Refúgio Mata Atlântica (Cetas), localizado em Cubatão. O animal foi deixado lá por um munícipe.

Foto de Isabela Carrari