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Autonomia portuária centraliza debates no Santos Export

Publicado: 24 de agosto de 2011
18h 00

A melhoria da logística e dos acessos ao Porto de Santos e a maior autonomia da Autoridade Portuária centralizaram os debates na abertura do Santos Export – Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos, que reuniu nesta quinta (25), no Mendes Convention Center, autoridades públicas e empresários do setor.

Na abertura do evento, o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, destacou o crescimento dos investimentos federais no terminal santista, a partir da criação da Secretaria Especial de Portos, citando a dragagem de aprofundamento do canal e a construção da Avenida Perimetral, entre outras obras em andamento. “O sistema portuário nacional deve acompanhar o crescimento econômico previsto para o país nos próximos anos. Quando um país cresce, necessita de um sistema portuário ágil e moderno".

O prefeito João Paulo Tavares Papa, que também preside a ABMP (Associação Brasileira de Municípios Portuários), falou sobre a importância da integração entre os projetos federais e estaduais e a participação das prefeituras em torno do desenvolvimento do setor. “Os projetos devem estar harmonizados e ainda sincronizados com os investimentos privados, pois os portos são fundamentais para a economia brasileira e devem ser planejados de acordo com as perspectivas do futuro”.

Agilidade
Durante a manhã, as discussões no fórum, uma iniciativa do Grupo A Tribuna, enfocaram infraestrutura e multimodalidade no porto santista e como comprometem o desenvolvimento. Com a necessidade da solução dos problemas no sistema de transporte e de acessos terrestre e marítimo ao porto, foi consenso entre os debatedores a necessidade de maior autonomia das autoridades portuárias para gerenciamento dos recursos.

A medida traria agilidade aos investimentos e às obras fundamentais para a competitividade do porto no cenário internacional. Segundo a Codesp, o processo de licitação para arrendamento de uma área leva mais de 500 dias para ser concluído. O secretário de Assuntos Portuários de Santos e presidente do CAP (Conselho de Autoridade Portuária), Sérgio Aquino, também defendeu a ideia. “Se já está havendo legislação especial para as licitações da Copa 2014 e dos projetos voltados ao pré-sal, por que não também no porto?”. Aquino disse ainda que a prefeitura cumpriu seu dever para a expansão do Porto de Santos ao aprovar o novo Plano Diretor, garantindo atividades portuárias e retroportuárias na área continental.

Desenvolvimento com qualidade de vida
Ao participar à tarde do painel que debateu o crescimento do porto e oportunidades e reflexos da exploração do pré-sal da Bacia de Santos na região, o prefeito João Paulo Tavares considerou “histórica” a troca de experiências entre a Petrobras, municípios e governo do Estado, “à medida que todos os envolvidos se aproximaram e discutiram soluções conjuntas".

Para o prefeito, essa sintonia fará com que cada cidade da Baixada Santista tenha sua parcela de contribuição e também de retorno. “Santos se preparou para esse momento. O desenvolvimento tem de vir acompanhado de qualidade de vida”. Papa citou como exemplos o diálogo com a comunidade, que resultou na criação do Parque Tecnológico e dos conselhos de desenvolvimento econômico e urbano. Segundo ele, o objetivo é qualificar mão de obra e garantir a inserção no mercado de trabalho.

Outro ponto abordado pelo prefeito foi o nova Lei de Uso e Ocupação do solo, aprovada em agosto pela Câmara Municipal. “As mudanças contidas no plano trarão benefícios para as gerações futuras, porque buscam o equilíbrio nos novos projetos de construção". O desenvolvimento de projetos portuários na área continental foi destacado. "Essa expansão se dará com a preservação do meio ambiente, pois cerca de 90% da área será mantida".