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Aulas de canoa havaiana beneficiam jovens em tratamento

Publicado: 25 de agosto de 2017
12h 55

As canoas havaianas existem há mais de três mil anos e ajudaram os povos polinésios a colonizar novas terras no Oceano Pacífico. Em Santos, há pouco mais de um ano, elas estão transportando jovens de ambientes de conflitos para um ‘mar' de autoestima e integração.

O projeto piloto Ligado no Remo é desenvolvido desde julho de 2016 com um grupo de nove adolescentes acompanhados pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas Infantojuvenil (Caps AD IJ) – antigo Tô Ligado. Entre eles, há casos de hiperatividade, depressão, problemas de comportamentos familiares graves, uso abusivo de álcool e drogas e outros tipos de transtornos mentais.

“O Ligado no Remo visa benefícios como o resgate da autoestima, um pensar em novas possibilidades para a vida e o respeito com si próprio e o grupo”, explica a psicóloga do Caps AD IJ, Adalgiza Luz, também praticante de canoa havaiana e idealizadora do projeto junto com o professor Felipe Neumann, que coordena a equipe Poseidon/Clube Internacional de Regatas.

“A atividade é muito importante para o dia a dia deste jovens, que vivem ambientes conturbados e passam a estar num ambiente de qualidade, com esporte e contato com a natureza”, complementa Neumann. O Internacional de Regatas é parceiro da iniciativa com a cessão da sua garagem para a guarda das canoas, remos e coletes.

Apoio

A marca Mormaii também é apoiadora e cedeu nesta sexta (25) um conjunto de camisa de lycra com proteção solar para os participantes. A entrega das peças foi feita pelo franqueado da rede em Santos, Gustavo Costa de Souza, em ato com a participação do presidente do Inter, Ricardo Lyra, e de integrantes da Secretaria Municipal de Saúde. “A gente apoia porque entende que o esporte é um instrumento de inclusão social”, disse o representante da Mormaii.

Famílias destacam melhorias

Os participantes do Ligado no Remo e seus pais e responsáveis confirmam os benefícios das aulas. O vigilante J., 43, tem um filho de 14 anos com o diagnóstico de hiperatividade desde a infância. “Ele fez amigos na aula e ficou muito mais calmo”.

R.S. tem uma filha de 14 anos acompanhada pelo Caps AD IJ há um ano por causa de depressão. Segundo ela, a jovem fez novas amizades e até desenvolveu o desenho do logotipo estampado na camiseta do projeto. “A canoagem ajudou e ela está muito melhor na escola. Muitas vezes ela vem pra aula com sono, mas, quando sai daqui, volta num pique, bem contente”. “A aula foi uma oportunidade e me tirou um pouco de casa. Aqui é legal, todos são muito atenciosos e, no grupo, acabamos interagindo e ficamos mais felizes”, comemorou a adolescente.

fotos: Rogério Bonfim