Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Zona Noroeste tem festa completa com bolo e cultura

Publicado: 30 de agosto de 2014
0h 00

Uma festa completa. O 38º aniversário da Zona Noroeste comemorado sábado (30) teve música, apresentação cultural internacional, bolo, refrigerante, brincadeiras e a participação de milhares de pessoas, entre público e integrantes do desfile cívico-militar. Foram 27 colégios (entre municipais, estaduais e que fazem parte do programa Escola Total), mais 11 grupos comunitários, dois conjuntos folclóricos latino-americanos e quatro corporações militares que mostraram seus trabalhos no sambódromo.

Também houve desfile de parte da frota de diversos serviços da Prefeitura, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.

Exibições

A UME (unidade municipal de ensino) Maria Carmelita Prost Villaça abriu as comemorações com 59 estudantes. A professora de música do colégio, Enise Gaida, revelou que desde fevereiro os alunos de 12 a 18 anos ensaiam uma vez por semana. Eles tocaram 'Batida marcial', 'Dó-ré-mi' e 'Peixe vivo' (ambos do folclore nacional), 'Trenzinho caipira' (Heitor Villa Lobos) e o tema da Família Adams.

Uma das bandas que animou a população foi a da Escola Estadual Fernando de Azevedo, com 340 componentes distribuídos por 11 alas. A apresentação teve como tema a música, e os estudantes mostraram desde a primeira canção que se ouve - a de ninar da mãe - até a riqueza de diversos ritmos musicais e a história da indústria fonográfica, do vinil ao cd.

A professora de artes Ana Cláudia Ramos revelou que em setembro do ano passado o tema do desfile atual foi definido, e desde o início das aulas o assunto é discutido em todas as disciplinas. “Nossa proposta não é formar músicos, mas transmitir valores, cultura. Esse trabalho tem seis anos, teve tanta aceitação que reduziu a evasão escolar na unidade”.

Acrescentou que “só” 340 desfilaram, mas a atividade envolveu os cerca de mil alunos da Fernando de Azevedo, os 50 professores e a diretoria.

Também chamaram a atenção do público os grupos folclóricos da Venezuela, com 27 componentes, e o da Colômbia, com 26. Derlis Rivais explicou que os santistas viram uma amostra da celebração do Carnaval em uma região mineira no sul venezuelano. Gerson Jara, do grupo colombiano, falou que a apresentação foi de cumbia e tambora, ritmos populares na costa atlântica.

Alegria

No final do desfile, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa cortou o bolo de aniversário da Zona Noroeste. Foram confeccionados e distribuídos para a população 25 bolos com recheio de leite condensado e crocante. O público também tomou refrigerante e comeu pipoca e algodão-doce.

Gustavo Silva dos Santos tem 9 anos, disse que estava adorando tudo e brincou em vários brinquedos infláveis armados para a festa. “Eu já corri, fiz amigos e agora vou comer doce”.

Estéfani Cristine Souza dos Santos, de 7 anos, já tinha repetido bolo e refrigerante e queria correr. “Vou entrar em todos os brinquedos e depois vou pra casa do meu avô”, prometia.

Orgulho

O orgulho por morar na Zona Noroeste foi o sentimento que predominou entre o público que participou das comemorações pelo aniversário de uma região com mais de 100 mil habitantes. Alguns são testemunhas da transformação ocorrida ao longo do tempo; outros, usufruem dos investimentos que vêm sendo feitos.

Edwig Batista de Jesus mora há 46 anos nessa área de Santos. Já teve casa no Rádio Clube, no Castelo e lembrou que o mato predominava nos bairros. “Mas foi tudo se modernizando, chegou o cinema e dizem que vai ter até shopping aqui”, diz, e se diverte com as melhorias. Revelou que recebeu convites para ir morar com os filhos em São Vicente e Praia Grande, agradeceu mas respondeu que não troca a Zona Noroeste por nenhum lugar.

Lucinéia do Nascimento soma 50 anos de Zona Noroeste, entre Areia Branca e Castelo, e também viu a mudança que não para de acontecer. Tanto que compara: “isso aqui virou o Gonzaga, tem muitas benfeitorias” e elogia os investimentos feitos pela prefeitura.

Acordar com pássaros

Imagine uma rua com uma quadra de extensão, onde só passam os carros de quem mora no local, e acordar com os passarinhos que visitam um paredão verde do Morro do Jabaquara. O gaúcho Almir Chaves da Cruz mora há 19 anos na Vila São Jorge e não pretende se mudar. “Os vizinhos todos se conhecem, se cumprimentam”, fala, sobre seu cotidiano.

Mércio Adriano da Silva vive há 12 anos no Castelo e explica a razão de seu orgulho pelo local. “Aqui tudo é muito simples, não tem diferença de classe social e as pessoas são mais solidárias”, argumenta.

Fotos: Isabela Carrari