VI Seminário para as Infâncias promove reflexão e compartilha boas práticas

Educadores, gestores da primeira infância e pais participaram do VI Seminário para as Infâncias, realizado terça e quarta-feira (6 e 7), no Sesc.

Com programação variada e simultânea, o evento reuniu cerca de 400 participantes da Baixada Santista, que discutiram a infância na contemporaneidade, políticas públicas, qualidade social da educação infantil, tempo e espaços de brincar, além de compartilhar boas práticas na educação formal, não formal, na família e em espaços públicos.

Realizado desde 2013, é um encontro de formação, com parceria entre o Sesc, Secretaria de Educação (Seduc) de Santos, Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca), Organização Mundial para Educação Pré-Escolar (Omep)/Baixada Santista e Centro Social Marista Lar Feliz da Rede Marista de Solidariedade.

A chefe da Seção de Educação Infantil da Seduc, Fabiana Riveiro, representante da secretaria na organização, apresentou práticas pedagógicas de sucesso, que buscam o protagonismo infantil, ocupação de território, desemparedar a infância (tirar crianças de lugares como sala de aula e edificações para ocupar espaços junto à natureza) e a participação familiar, realizadas nas unidades municipais Irmã Maria Dolores, Lobo Viana, Padre Francisco Leite e da entidade subvencionada Centro Social Marista Lar Feliz.

IMAGINAÇÃO

O artista plástico, teólogo, mestre em Ciências da Religião, escritor, pesquisador nas áreas de cultura e produção simbólica, antropologia do imaginário e filosofia da imaginação Ghandi Piorski, debateu 'A Criança e as Linguagens da Matéria' e o 'Pensamento Sincrético da Criança'. "Se não tivermos a via imaginária, não conseguimos dialogar satisfatoriamente com as crianças".

Já Silvana Augusto, que é assessora pedagógica de redes municipais de ensino para educação infantil, desenvolve projetos de formação de equipes técnicas, coordenadores pedagógicos e professores e também é consultora da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)/MEC, falou sobre 'Base Nacional Comum Curricular: O que é preciso ressignificar para garantir o direito de aprendizagem na Educação Infantil'.

"Precisamos considerar ideias viáveis das crianças. Ser levado em conta é muito importante. Se elas propõem colocar câmeras no entorno da escola para flagrar pessoas que não catam o cocô dos cachorros, ainda que posteriormente não haja recursos para fazê-lo, a ideia deve ser tida como válida."

FOTOGRAFIA

'Fotografando as infâncias - Sensibilização do Olhar para as Práticas Pedagógicas e Aprendizagem das Crianças' foi o tema da pedagoga e fotógrafa Larissa Portes. Ela deu dicas aos educadores na configuração dos celulares para produzir narrativas fotográficas (contar uma história), foto-discurso (sequência de ideias organizadas visualmente), entre outros. "A fotografia tem que causar, além de sensações, questionamentos nas crianças", afirmou. Larissa analisou trabalhos de diversos profissionais, como Cartier-Bresson, Elliott Erwitt e Sebastião Salgado.

Fotos: Susan Hortas