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Santos prepara novo serviço de apoio a pacientes com autismo

Publicado: 1 de abril de 2019 - 15h42
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“A sociedade ainda não está preparada para lidar com o autista. As pessoas ainda associam erroneamente o autismo a uma deficiência física e não a uma condição, além de julgar o comportamento do autista sem conhecer a sua história”. As palavras são de Bruna Schvarz, mãe de Bruno Schvarz da Silva, que completa cinco anos em abril e aos três foi diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA).
Desde setembro de 2017, o menino é paciente do Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual (CER), da Prefeitura de Santos. E, até o momento, é lá que são realizadas atividades que desenvolvem e estimulam a sua cognição, reabilitando-o funcionalmente. 
Ainda neste ano, um novo serviço estará em funcionamento em Santos, voltado aos autistas: a primeira clínica-escola pública do Estado de São Paulo (mais informações abaixo).
Para ajudar a esclarecer e gerar mais empatia com quem convive dia a dia com o TEA, 2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
O TEA é caracterizado por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem e pela pouca quantidade de interesses e atividades realizadas pelo indivíduo, geralmente de forma repetitiva. A condição acomete cerca de 2 milhões de brasileiros, de acordo com estimativa da Organização Mundial de Saúde. 
Bruna afirma que desde que passou a frequentar o CER, seu filho apresentou evolução, especialmente na fala, que antes se resumia a poucas palavras. “Hoje, ele realiza as mesmas atividades que os demais colegas de classe e o autismo não o impede de executar o que é proposto. Reconhece as cores, sabe contar. E o CER também dá muito suporte para mim, me ensina a como auxiliar nesse trabalho, que continua em casa”, destaca.
Pessoas com TEA podem apresentar outras condições, em casos mais severos, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).



REABILITAÇÃO


O Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual atua na promoção de saúde, diagnóstico precoce ou diferencial, prevenção de doenças e reabilitação de deficiências físicas ou intelectuais. Todos os pacientes  são atendidos a partir da elaboração de um projeto terapêutico singular (PTS), elaborado em conjunto com o usuário do serviço, familiares e acompanhantes, a partir de suas necessidades.
“O PTS reúne propostas de cada profissional da equipe multidisciplinar e visa potencializar e facilitar a assistência, reduzindo o tempo de terapia e evidenciando os avanços funcionais. Em geral temos retornos muito positivos dos pais e pacientes que frequentam o serviço”, destaca Rubens Goulart, psicólogo e chefe do centro. 



Clínica-Escola


A primeira clínica-escola pública do Estado de São Paulo, voltada a pessoas com TEA, tem previsão de término de obra para este mês. Ela funcionará na Rua Heitor Penteado, 80, Marapé. 
O prédio, com térreo e mais um pavimento, será totalmente acessível, incluindo elevador, corredores e portas mais largos e deverá proporcionar um salto de qualidade no atendimento, com profissionais capacitados para atuar com pessoas que possuem TEA.
De acordo com o projeto, haverá 12 salas de atendimento, duas de integração sensorial, uma de intervenção precoce e dois espaços diferenciados: a sala de estimulação sensorial e a casa para atividades da vida diária, com banheiro, cozinha, sala e quarto.
Além desses espaços, estão no projeto as salas de reunião, administrativas e sanitários. O equipamento funcionará com profissionais capacitados na área de educação física, fonoaudiologia, fisioterapia, psicopedagogia, terapia ocupacional e de educação especializada. O prédio será mobiliado e equipado pela Secretaria de Saúde.
Orçada em R$ 1,6 milhão, a obra contou, na primeira fase com R$ 400 mil de recursos arrecadados no Baile da Cidade 2018. O restante da construção, a cargo da Kallas Construtora, é fruto de uma contrapartida prevista em termo de medidas compensatórias (Trimmc).
“Ampliaremos a capacidade de atendimento aos autistas em uma forma diferenciada de abordagem”, destaca Devanir Paz, chefe do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria Municipal de Saúde.

 

 

Foto: Rogério Bomfim/arquivo

 

 

 

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