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Retábulo da Capela da Ordem Terceira está recuperado

Publicado: 9 de outubro de 2018
13h 43

O retábulo (estrutura ornamental) do altar-mór da Capela da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência foi recuperado. A obra, que abrangeu outros itens da Capela anexa à Igreja do Valongo, visou conter a deteriorização da peça em estilo barroco, tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e manter todo o ambiente preservado para futuro restauro.

Construída em 1689, a Capela integra o conjunto arquitetônico tombado do Valongo, no Largo Marquês de Monte Alegre, 13. O retábulo, estrutura em madeira talhada que se eleva na parte posterior do altar, tem valor inestimável. Possui linhas curvas, colunas salomônicas, anjos, flores e conchas, com muitas camadas de tinta dourada.

Na obra foram investidos R$ 217,5 mil, verba de convênio com o Iphan. “Os ornamentos do retábulo foram reafixados com cola. Os parafusos de ferro, totalmente enferrujados, foram substituídos por cavilhas, espécie de haste ou pino de madeira”, diz o engenheiro Marcio de Mattos Fioroni, da Secretaria de Infraestrutura e Edificações, responsável pela intervenção.

Para barrar a descamação da pintura, os ornamentos receberam uma camada de cola branca, que preserva as cores das peças. As infiltrações nas paredes, originadas devido a problemas com as calhas do telhado, foram sanadas e a parte da madeira da estrutura do retábulo passou por processo de descupinização.

MAPEAMENTO

A obra incluiu a elaboração de projeto para futuro restauro. Chamado de mapa de patologias, o estudo servirá de base para que, em uma segunda etapa, sejam restaurados não só o retábulo, mas toda a Capela. Foram realizados exames para avaliar as condições físicas do ambiente, medindo com um aparelho detalhes de umidade, espessura e cor original.

[Desta forma, ficou registrado o estado atual da Capela, grau de deterioração, problemas, agentes e causas, além da presença de intervenções antigas, subsidiando a proposta de ações para garantir sua integridade física e possibilitar o restauro perfeito. A obra foi executada pelo Estúdio Sarasá, contratado por notória especialização (Lei das Licitações nº 8.666/93).

Foto: Rogério Bomfim