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Quase 60% das intoxicações em Santos ocorrem por uso indevido de medicamentos

Publicado: 12 de maio de 2019
16h 07

Dos 1.108 casos de intoxicação registrados pela Secretaria de Saúde de Santos em 2018, 59% (652) ocorreram por uso incorreto de medicamentos, seja de forma acidental ou abusiva (por vezes com intuito suicida).

A mesma proporção foi registrada em 2017, com 1.007 casos registrados, dos quais 596 por medicamentos.

Crianças e pré-adolescentes (0 a 14 anos) responderam por 221 casos de intoxicação medicamentosa em 2018. Os adolescentes (15 a 19 anos), por 29. Os adultos (20 a 59 anos), por 225 casos e os idosos, por 124. Outros 53 atendimentos realizados pela Seção de Controle e Orientação em Intoxicação (Secoi) não apresentam registro da idade do paciente.

No caso das crianças, é mais comum a ingestão acidental de medicamentos de familiares, mas também pode ocorrer erro na administração do remédio por parte do responsável. Por isso, é orientado que, além de permanecerem longe do alcance das crianças, as doses devem ser dadas em ambientes iluminados, após leitura do rótulo, para evitar erros. Nos idosos, uma causa comum da intoxicação é a confusão entre os medicamentos que utilizam.

“Uma vez observada a intoxicação, a recomendação principal é que o paciente seja levado a uma unidade de pronto atendimento, se possível com a embalagem do remédio que provocou o problema. Não é indicado provocar vômito ou tomar leite. Para as crianças, é importante ainda não dizer que o remédio é doce ou suco porque podem acreditar e querer mais, sem necessidade”, orienta Cristiane Parmentieri Barga, chefe da Secoi.

Como buscar ajuda

A Secoi realiza orientação via telefone para toda a Baixada Santista e Vale do Ribeira, tanto para profissionais de saúde quanto para a população. O serviço pode ser acionado 24 horas pelos telefones 3222-2878 e 0800-7226001. Outra opção de contato é o e-mail cci@santos.sp.gov.br.

O serviço pode ser acionado também em casos de intoxicação que envolvam acidentes com itens cosméticos, produtos químicos industriais e de limpeza doméstica, picadas de cobra, escorpião e aranha. Os plantonistas dão as primeiras orientações que devem ser tomadas em cada caso e quais os serviços de saúde mais apropriados.

A Secoi também realiza trabalho de prevenção nas escolas de educação infantil e creches para prevenção de intoxicações, ação que integra o Programa Saúde na Escola (PSE), parceria entre as secretarias de Saúde e Educação.

Foto: Francisco Arrais