Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Projeto de escola municipal de Santos estimula solidariedade a refugiados

Publicado:
5 de abril de 2019
14h 57
PORTAIS:

“Queria que meus alunos fizessem algo que pudesse espalhar o amor pelo mundo, ajudando o próximo. Assim decidi trabalhar a questão dos refugiados”. Foi a partir deste objetivo que a professora Renatta Burgos, da escola municipal Therezinha de Jesus Siqueira Pimentel, idealizou o projeto ‘O tear de nossa história na construção do mundo’.

A ação iniciou em 2018 com os estudantes de uma turma de 3º ano da unidade, na qual a professora lecionava. Neste ano, a iniciativa continua com a sua classe do 4º ano. “Tenho 30 crianças na turma, dez delas participam do projeto pelo segundo ano”.

A educadora contou que, assim como no ano anterior, explicou em classe sobre guerras, refugiados e toda a problemática envolvida e propôs que os alunos costurassem, utilizando retalhos, bolas e bonecas para serem doados ao Instituto Base Gênesis, de São Paulo, que atende e acolhe refugiados de diversos países. “Tivemos a oportunidade de visitar a instituição em novembro de 2018, levando mais de 200 brinquedos, roupas e produtos de higiene pessoal. A intenção é de que a ida a São Paulo se repita com os novos integrantes da ação”.

Além da confecção dos brinquedos, Renatta teve a ideia de pedir aos alunos que escrevam poesias sobre o tema. “Cada criança desenvolverá o seu texto e daqui algumas semanas vamos sair pelas ruas do bairro para que membros da comunidade também possam dar suas contribuições para as poesias. Colocaremos em um livro e também estou programando um Sarau na escola”.

E as ações do projeto não irão parar por aí: os alunos trocarão cartas com as crianças atendidas pelo Instituto Base Gênesis. “Desejo que esta ação se estenda a cada ano. Tive o privilégio de ter a participação das famílias. Uma mãe nos ensinou a parte da costura. Outras se uniram e fizeram uma colcha de retalho para doação. Percebi e ainda percebo a mudança de comportamento nos alunos e a preocupação com o próximo. Acredita na transformação por meio da educação”, concluiu a professora.

SOLIDARIEDADE

Wellyton Lima Pereira, 9, disse que se sentiu triste ao saber da história dos refugiados, mas se alegrou com a possibilidade de ajudá-los. “Aprendi a costurar para fazer os brinquedos e também fui visitá-los em São Paulo com a professora no ano passado. Foi muito legal”.

Raquel Almeida, 9, também está no projeto pelo segundo ano e se sente feliz em colaborar. “É bom fazer os brinquedos para as crianças que não tem com o que brincar”.

Fotos: Susan Hortas 

Galeria de Imagens