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Primeiro guarda municipal é um dos homenageados nos 33 anos da corporação

Publicado:
15 de agosto de 2018
18h 32

No dia de homenagens à Guarda Municipal pelos 33 anos de existência, a celebração incluiu o primeiro inscrito na corporação: Manuel Gonzaga de Araújo, de 56 anos. Bem-humorado e simpático, o funcionário mais antigo foi um dos homenageados na manhã de quarta (15), na Câmara Municipal, onde estiveram presentes os demais colegas, autoridades municipais e convidados.

“Tempo para aposentar eu já tenho, mas quero continuar mais um pouco”, diz Araújo, que sempre gostou de usar a farda. O início de sua carreira foi como auxiliar de balconista. “Por cinco vezes, tentei entrar para o Exército, mas fui dispensado por excesso de contingência”.

Com tanto tempo na corporação, Araújo não consegue mensurar a quantidade de ocorrências, mas afirma que algumas são difíceis de esquecer. ”A pior de todas foi em 1989, quando eu trabalhava no Pronto-Socorro da Zona Noroeste. Recebi uma criança baleada no colo e corri para a emergência. Isso mexeu muito comigo e a gente pensa na nossa família. Mas, mesmo assim, eu me sentia bem ali, de poder ajudar”.

EXEMPLO

Araújo não parece nada tímido, gosta de conversar, mas fica encabulado para contar, com alegria, os cerca de 20 elogios que recebeu por escrito por serviços prestados. “Eu não esperava por eles. A maioria está guardada em casa”.

Por vários anos, trabalhou no bairro Caruara, Área Continental e, daquela fase, o que mais lembra é das mulheres gestantes que foram levadas pela sua viatura a todo vapor para o pronto-socorro mais próximo, prestes a dar à luz. “Eu só rezava para não nascer ali na viatura”, conta rindo.

GABINETE

Das suas passagens pelos próprios públicos, também destacou o período que passou no Paço Municipal, quando era o guarda do gabinete. E, ao contrário do que muitas pessoas podem supor, lembra com alegria, além de orgulho, dos dias em que precisava entrar no trabalho às 4h30 para as reuniões da madrugada comandadas pelo prefeito Oswaldo Justo com os secretários municipais.

“Eu ouvia a chamada que o prefeito dava nos secretários e tudo mais, né?”, lembra rindo, inclusive, dos comentários da esposa que já sabia de antemão das tais reuniões porque o marido fazia a barba duas vezes e engraxava os sapatos naquele dia.

Em uma ocasião, foi preciso entrar com a viatura num dos cemitérios para averiguar uma ocorrência, e a antiga lei, de 1962, não permitia o acesso do veículo. Araújo não se acomodou com a determinação, fez registro em relatório e conseguiu a alteração. Hoje, uma viatura da GM pode adentrar um cemitério se for necessário. “Trabalhar na Guarda Municipal é bom e não é difícil porque hoje temos respaldo das leis. Os governos nos ajudam muito”.

HISTÓRIAS

Histórias não faltam para o primeiro guarda municipal da corporação, que atuou em cemitério, pronto-socorro, escola, creche, policlínica, viatura, além de levar na bagagem comandos de inspetoria na orla, Zona Noroeste, entre outras atribuições. Atualmente, não trabalha nas ruas e cuida do Centro Cultural da Zona Noroeste, das 18h às 6h.

Mas, com tanto tempo de casa, sem perceber, Araújo passa suas lições de vida conquistadas com a farda da GM que são exemplos para a nova geração: “Não existe uma ocorrência igual à outra porque as pessoas são diferentes. O pessoal é carente de atenção e, antes de ser guarda municipal é preciso gostar da Cidade”.

CERIMÔNIA

Na cerimônia desta quarta, também foram entregues placas de reconhecimento para os guardas Solange Vieira de Oliveira, Rosana Maria de Paulo Lima, Carlos Roberto de Rocha Junior, Lázaro Teixeira Máximo Souza, Lucas Erivelton de Aquino, Diego Hakamaro de Oliveira, Perikles Pimenta Marques, Marcelo dos Santos Soares e Mario Bruno dos Santos,  medalhas Oswaldo Justo para os inspetores José Silva de Jesus, Francisco José de Albuquerque e Wagner Luiz Fernandes da Silva e 14 placas para empresas parceiras e instituições públicas.

Início como Corpo Municipal de Vigilância

Em 15 de agosto de 1985 foi criado o Corpo Municipal de Vigilância para manter o zelo e a ordem nos locais públicos e, em 15 de dezembro de 1988, passou a ser denominado Guarda Municipal pela Lei nº 479, assinada pelo ex-prefeito Oswaldo Justo que, por seu pioneirismo, foi reconhecido como Patrono da GM.

A missão é zelar pela proteção do patrimônio público, fiscalizar e orientar munícipes para cumprirem a legislação estabelecida no Código de Posturas, além de auxiliar outros órgãos responsáveis pela segurança e defesa dos direitos dos cidadãos.

Atualmente, o efetivo é de 424 profissionais entre homens e mulheres, com atividades de prevenção e proteção dos equipamentos da rede municipal, além de ações de força-tarefa. A corporação é dividida em cinco coordenadorias: Centro, Morros, Área Continental, Zona Noroeste e Orla/Intermediária, mais a especializada Romu (Ronda Ostensiva Municipal), o SIM (Sistema Informatizado de Monitoramento) que, atualmente, possui 1.054 câmeras instaladas em toda a Cidade e o canil.

Também existem o Projeto Cidade Segura, que atua no Centro com uma base móvel, uma viatura e duas bicicletas, com medidas primárias de segurança e a Rotam (Ronda Ostensiva Tático Municipal) que efetua o patrulhamento com dez motocicletas.

Fotos: Marcelo Martins 

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