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No aniversário do milésimo gol, visitantes do Museu Pelé se encantam com a Sala do Rei

Publicado: 19 de novembro de 2018
16h 39

Em 19 de novembro de 1969, Pelé marcava o gol de número 1.000 da sua carreira. O corretor de imóveis Antônio do Nascimento Palorca, 71 anos, de Valinhos, assistiu pela televisão o inesquecível momento. Santista roxo, ele fez parte de um grupo que se inscreveu para visitar a Sala do Rei, dentro do Museu Pelé (Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Valongo), nesta segunda-feira (19), iniciativa inédita em comemoração ao famoso gol. A Sala do Rei funciona como escritório, onde o Atleta do século 20 recebe convidados.

“Eu tinha 21 anos. Era Santos e Vasco no Maracanã. Foi um pênalti incrível”, lembrou Antônio, acompanhado da esposa, Marlene Carvalho Palorca. “Já viemos ao museu quatro vezes. Mas não podíamos perder esta oportunidade de conhecer a sala do Pelé”, disse Marlene. Numa espécie de ‘esquenta’, duas turmas, de no máximo 30 pessoas, conheceram primeiramente o museu, com a guia de turismo Kátia Regina Barbosa dos Santos, que ia mostrando a trajetória brilhante do eterno camisa 10. A cena do milésimo gol e a bola com que ele foi feito, troféus, fotos, chuteiras, entre inúmeros objetos e curiosidades, foram apresentadas aos visitantes. “Pelé, na verdade fez 1.282 gols, marca registrada no Guinness Book”, destacou Kátia.

Depois, no segundo pavimento da ala interativa, foi a vez da Sala do Rei, inaugurada em 14 de agosto deste ano. “As cores são o preto e o branco, do Santos Futebol Clube, e que refletem a personalidade elegante, sem ostentação, de Pelé. Móveis em linha reta, com fotos do acervo pessoal do atleta, tornam o ambiente aconchegante, como se estivesse em casa”, afirmou a guia Kátia. “O sofá foi batizado por ele de Celeste, nome da sua mãe”. Os preparadores físicos de Araras, Sílvia Marques, 55, e Marco Martoni, 58, foram pela primeira vez ao museu. “Fui preparador do Roberto Carlos, no início de sua carreira, em Araras”, declarou Marco. O casal ficou encantado com o espaço, em especial com o escritório do Rei.

Mas quem não continha a alegria era Gabriel Ferreira Máximo, 11, jogador do Sub-11 do Santos Futebol Clube. “Sonho em ser igual a ele”. Sua mãe, Liliane Ferreira da Silva, 38, também emocionada, contou que o garoto começou com 4 anos na escolinha dos Meninos da Vila. Naturais de São Paulo, residem em Praia Grande desde 2001. “Ele já viajou para Goiânia, São Paulo e até para Barcelona, onde foram campeões. Essa visita é muito especial, uma inspiração”, disse Liliane.

Milésimo – Há 49 anos, diante de mais de 65 mil espectadores, ocorreu o milésimo gol de Pelé, quando Santos e Vasco se enfrentaram pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, no Maracanã (RJ). Quem saiu à frente no placar foi o Vasco, com gol de Benetti. O Santos reagiu e logo empatou com um gol de Renê. Os gritos de “Pelé, Pelé, Pelé" ecoavam pelo estádio, quando o Rei recebeu lançamento de Clodoaldo e foi derrubado pelo zagueiro cruzmaltino Fernando. Pênalti para o Santos.

O Maracanã calou-se e a atenção ficou voltada apenas para o Rei. E veio o tão esperado gol do Santos. A partida foi paralisada e o Rei, cercado por fotógrafos, jornalistas e torcedores. Pelé vestiu uma camisa com o número 1.000 e, emocionado, deu a volta olímpica em um Maracanã que o aplaudia de pé, apesar da derrota dos vascaínos por 2 a 1. Mais um feito histórico de Edson Arantes do Nascimento, o maior jogador da história do futebol mundial.

Fotos: Raimundo Rosa.

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