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Moradores de conjunto habitacional têm novas referências de dignidade

Publicado:
22 de julho de 2018
15h 00

Segurança, conforto e o sonho da casa própria vira realidade. As vidas da auxiliar de limpeza Guiomar de Santana, 53 anos, e da dona de casa Edinalva da Silva, 48, têm algo em comum: elas moraram 25 anos na Vila Santa Casa, comunidade na Avenida Senador Feijó, na Encruzilhada, que um dia teve o triste nome de Caldeirão do Diabo. Há seis meses porém, mudaram para o conjunto habitacional Santos – T, empreendido em parceria entre Prefeitura (terreno e projetos) e Estado (execução da obra).

O empreendimento de 20 andares e 133 apartamentos de dois quartos mais sala, banheiro, cozinha, área de serviço e varanda fica na Avenida Senador Feijó (Encruzilhada), em frente à área onde existiam as moradias irregulares já demolidas -, e abriga todos que ali viviam.

FIM DO PESADELO

 

Já acomodada à nova rotina, Guiomar tem novas referências de conforto e quer esquecer o cotidiano ao lado da sujeira, do esgoto, ratos e insetos. Foram tempos difíceis. “Acordava com ratos caindo em cima de mim e hoje, quando chego do trabalho, não quero sair de casa. Aqui é só paz e felicidade”.

A construção do prédio foi acompanhada de perto e o dia da mudança foi marcante para Guiomar. “Comprei todos os móveis e quando entrei, me senti no paraíso”.

Para Edinalva a dura realidade de Guiomar não foi diferente enquanto morou na favela e ainda com outro fator que a amedrontava. Como sua casa na antiga comunidade era de frente para a avenida, até um carro já havia batido na parede da moradia de Edinalva. “Vivia apreensiva com tudo, mas olhava a construção do prédio pela janela e ficava na expectativa de ter uma vida melhor para mim e minha família”, diz ela, que vive com mais quatro pessoas em casa.  “O apartamento é ótimo, vivo limpando a casa e minha filha está muito animada por ter um quarto e um pouco de privacidade. Agora tenho gosto de pagar a prestação porque a casa é nossa”.

O conjunto habitacional Santos – T foi o primeiro da CDHU erguido de forma verticalizada. Oferece elevadores, quadra esportiva, playground, centro comunitário, brinquedoteca e quiosque com churrasqueira. 

HISTÓRICO

A antiga comunidade foi um dos principais conflitos urbanos de Santos, com origem na década de 1970. Nos anos 1990, parte das moradias foi retirada com abertura da Av. Senador Feijó, mas muitas foram mantidas, ocupando a área de forma irregular e sem estrutura básica.

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