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Menino da Ucrânia realiza sonho de conhecer o país do futebol

Publicado:
19 de março de 2019
16h 04

Apaixonado pelo futebol brasileiro, pelos jogadores da seleção e, em especial, pelo Rei Pelé, o ucraniano Anton Horgulia, 10 anos, realizou seu maior sonho nesta terça-feira (19), quando esteve em Santos para conhecer a Cidade que consagrou o maior craque dos gramados. O garoto, que jogava bola, mas foi acometido pela síndrome de Duchenne, doença genética degenerativa que provoca distrofia muscular, enviou carta à TV 1+1, da Ucrânia, que produz um programa de realização de sonhos. Resultado: ganhou a viagem ao Brasil, com apoio do Santos FC.

Junto com o pai, Pavlo Horgulia, e com equipe da emissora, ele foi recebido pelo secretário de Governo, Rogério Santos, no Paço Municipal, e visitou o Centro de Treinamento do Santos Futebol Clube, no Jabaquara; o Memorial das Conquistas, na Vila Belmiro, e o Museu Pelé, no Valongo. Também almoçou no Estação Bistrô Restaurante-escola.

“Gosto do Santos pois tem muitos jogadores brasileiros e porque nele jogava o Pelé, o primeiro jogador do mundo”, disse o menino, que no CT ganhou uma camisa do time santista, uma bola e autógrafos dos jogadores Jean Mota, Felipe Jonathan, Jean Lucas, Everson, Luiz Felipe, Diego Pituca, Victor Ferraz, Vanderley e Carlos Sánchez.

Da cidade ucraniana de Mariupol e há três dias no Brasil visitando vários times de futebol – também já estiveram no CT do Palmeiras em São Paulo, o pai disse que o menino sonhava em visitar o Brasil para conhecer os clubes brasileiros. Também estavam o cônsul honorário da Ucrânia em São Paulo, Jorge Rybka; o cônsul da Ucrânia, Valerii Hryhorash; as jornalistas Shevchenko Mariia e Loboda Oleksandra, e o câmera Marchenko Andrii, os três da TV 1+1.

 

MUSEU PELÉ

 

O menino ucraniano era só alegria e emoção ao conhecer o Museu Pelé – ali ele teve seu primeiro contato com o futebol de botão e visitou a Sala do Rei, aberta apenas em ocasiões especiais ou quando o atleta do século 20 encontra-se na cidade.

“O Anton é fissurado no Pelé”, explicou o cônsul honorário da Ucrânia em São Paulo Jorge Rybka, dizendo que até os cinco anos o menino jogava bola e se divertia como qualquer outra criança da mesma idade. Com o diagnóstico e a progressão da doença incapacitante, ele só atua como juiz em campo.

Acompanhando o cônsul da Ucrânia Valerii Hryhorash e os jornalistas Mariia Shevchenko e  Oleksanra Khyzhnjak, e o câmera Andrii Marchenko, que registraram a visita a Santos, Rybka comentou que o futebol que o menino adora agora é utilizado como tratamento fisioterápico. “Mesmo morando tão longe, ele conhece muito do futebol brasileiro e é fã de Júnior Moraes, ex-jogador do Santos Futebol Clube.” Em 2011, o atacante foi jogar na Ucrânia e recentemente conquistou cidadania ucraniana. 

“Ele ficou maravilhado com tudo o que viu”, afirmou o pai, após fotografar o filho acomodado na mesa do Rei, segurando por alguns segundos a coroa de Pelé sobre sua cabeça. Em função da doença, que causa degeneração progressiva dos músculos devido à ausência de uma proteína, fica mais difícil, a cada dia, o menino se levantar, andar e se vestir – este ano ele deixou de frequentar a escola e utiliza uma scooter para se locomover.

 

 

Foto: Susan Hortas

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