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Lustres e arandelas da Sala Princesa Isabel são restaurados

Publicado:
6 de outubro de 2018
9h 00

Trabalho minucioso, feito peça por peça, um verdadeiro quebra-cabeças. Assim é a recuperação de lustres e arandelas que compõem o sistema de iluminação original da Sala Princesa Isabel, no Palácio José Bonifácio (Praça Mauá s/nº). Construída em 1939 para abrigar a plenária da Câmara, deixou de ter essa função em 2011, com a mudança do Legislativo para a nova sede.

A equipe responsável pelos itens de iluminação na obra de restauro de todo o ambiente se concentrou primeiramente nas 16 arandelas, serviço que já está pronto, e atualmente está focada nos lustres. Trabalham no segundo objeto de um conjunto de 12 lustres em cristal da Bohemia: 11 pequenos e um grande, que fica pendurado no centro do teto.

A peça maior tem 2,90 metros de altura, 2 metros de diâmetro e pesa de cerca de 300 quilos. Os cristais são suspensos por fios de cobre e as partes que estiverem com problemas serão consertadas. Somente a recuperação desse lustre vai levar de seis a oito meses e começará após o término do trabalho com o conjunto de peças menores.

Fernanda Victoratto, chefe dos restauradores de elementos de iluminação, explica como o trabalho é executado. “Desmontamos os lustres e arandelas, fazemos a limpeza completa lavando peça por peça, trocamos os alfinetes e passamos a fiação, para depois remontar tudo. As peças quebradas ou faltantes são repostas”.

 

TESTE DE COR

 

“Está previsto para a próxima semana o teste de cor das paredes, com auxílio de um cromatógrafo”, diz o engenheiro Marcio de Mattos Fioroni, da pasta de Infraestrutura e Edificações, que gerencia a obra. O equipamento analisa com precisão a amostra de tinta que mais se assemelha à cor original das paredes, descoberta por meio de raspagem de várias camadas.

 

Obra inclui novo sistema multimídia

 

A restauração compreende o piso em madeira que será lixado, calafetado e receberá nova resina. O carpete antigo dará lugar a um de melhor qualidade, em tom que se harmonize com o ambiente. Os circuitos elétricos serão revistos e haverá instalação de lâmpadas em LED, moderno sistema multimídia, tela em LED e sonorização.

Dois vitrais superiores, onde anteriormente foram instalados aparelhos de ar condicionado, serão recuperados. A climatização ocorrerá por meio de aparelho Split, sem interferir nos detalhes do espaço, que ainda tem parte da fiação de pano (fio trançado em tecido), original da época da construção. O restauro é um investimento de R$ 2,34 milhões, recursos estaduais. 

O projeto de recuperação dos 175 m² da Sala Princesa Isabel, com plenária e duas galerias (59 lugares), decoração eclética tardia e inspiração neoclássica, é do arquiteto Ney Caldatto. A Construtora Tecnibras, vencedora da licitação, deve executar a obra em até 15 meses.

 

Foto: Raimundo Rosa