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Jogadores santistas de League of Legends estão entre os melhores do país

Publicado:
20 de junho de 2019
11h 02

Santos, conhecida por despontar grandes nomes em diversos esportes como futebol, judô e até surfe, está entrando na onda dos esportes eletrônicos, ou e-sports, sendo representada por jogadores de diversas modalidades. Sem times e acompanhamento profissional, jogadores santistas integram a lista dos melhores entre o servidor brasileiro do jogo de estratégia cooperativa League of Legends. A performance dos jovens consolida Santos como uma das cidades mais criativas do País.

É o caso de Lucas Vieira da Silva, também conhecido pelo seu apelido on-line Kuqze, que há pelo menos dois anos integra a lista de destaque do servidor, nível conhecido como Desafiante. O ranking, disponibilizado pelo próprio jogo, contempla apenas 200 jogadores de todo o país e é baseado em pontos ganhos e perdidos por partidas que levam, em média, 50 minutos cada. Lucas joga desde 2012 e, representando o Município, diz que demorou a se acostumar com o reconhecimento por suas habilidades recebido pela comunidade gamer.

"É um pouco estranho, pois alguns jogadores já me conhecem pelo meu apelido e me encaram como uma divindade do game”, explica. “Eles me pedem dicas e ajuda para melhorar também”. O jogador, que teve seu pico no ranking como o 17º melhor jogador do país, conta que teve que convencer seus pais sobre a importância do jogo em sua vida. “Nisso, meu irmão me ajudou bastante. Ele conversou muito com meus pais até eles entenderem.”

PRAZO DE VALIDADE

Quando se formou no ensino médio, Lucas abriu sua própria loja de eletrônicos, mas mesmo que estivesse indo bem com as finanças, sentia que faltava algo. “A loja já tinha sete meses e eu estava conseguindo manter, mas eu sentia saudades de jogar.” Seu pai concordou em fechar a loja e deu um prazo: até o final deste ano para mostrar resultados concretos, ou terá que abandonar o jogo e se dedicar à faculdade. “Estou me esforçando para ser notado por algum time, esperando as propostas. Quero ser jogador profissional”.

OUTROS JOGADORES

Os jogadores Arthur Peixoto Machado, de 16 anos, Breno Giovanni Olintho, de 17 anos, e Rafael Dantas, de 19 anos, também integram a lista seleta e trazem orgulho ao Município. Assim como Lucas, Breno Giovanni ou Winter, como é conhecido on-line, também precisou de uma pequena ajuda para convencer sua mãe para seguir o sonho de ser jogador profissional. “Precisei fazer amizade com jogadores profissionais aqui da baixada e pedir para eles conversarem com a minha mãe”, conta.

“Só depois de eles explicarem todo o processo pra ela, foi que ela passou a me apoiar”. O estudante, que se forma no ensino médio este ano, diz que focará no jogo até conseguir uma proposta de time profissional. “Não vou fazer faculdade. Na verdade, não tenho nem ideia de qual curso faria. Agora que tenho apoio da minha família, vou correr atrás do meu sonho”.

Arthur usa o apelido Tutsz e é um verdadeiro prodígio: está entre os melhores do Brasil desde os 14 anos. “Quando cheguei ao nível Desafiante, sabia que não poderia assinar um contrato por causa da minha idade. Então pensei: é só me manter aqui em cima e não fazer besteira”. A família, vendo como Arthur se destacava no jogo mesmo sendo tão novo, apoia desde sempre, mas com uma ressalva: terá de terminar os estudos. “Minha mãe queria que eu fizesse faculdade também, mas agora que tenho idade, vou me dedicar para entrar em um time profissional”. 

Rafael, que usa o apelido CARRYY, deseja tanto alcançar seu objetivo de entrar em um time, que decidiu se desligar do estágio. “Precisava de mais tempo pra treinar. A faculdade é importante, mas sinto que já estou passando da idade ideal pra ser chamado por uma equipe.” Cursando Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Rafael confessa que nada lhe dá mais prazer que vencer uma partida. “Eu amo jogar. Eu quero jogar com plateia, pessoas torcendo por mim, profissionais por todos os lados. Eu quero isso pra minha vida”.

Fotos: Francisco Arrais e Susan Hortas

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