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Inclusão no mercado de trabalho é desafio para pessoas com deficiência

Publicado: 21 de setembro de 2018
18h 02

Nesta sexta-feira (21) é comemorado o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência e, apesar das oportunidades de emprego para esse público e da lei que garante o preenchimento de vagas por esse público no quadro de funcionários (a Lei 8.213/91 - Lei das Cotas), eles continuam na luta para que a qualificação profissional seja reconhecida e que as contratações não sejam feitas apenas para cumprir a lei.

Atualmente, na Prefeitura de Santos há 227 servidores ativos com alguma deficiência sendo dois exercendo cargo em comissão, 16 em função gratificada e uma estagiária.

Segundo Marilene Rabelo de Santana, representante do Fórum pela Empregabilidade da Pessoa com Deficiência, apesar dos avanços e da disponibilidade de vagas de trabalho para este público devido a Lei de Cotas, ainda é um grande desafio a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, principalmente pessoas com deficiência intelectual. “Os empregadores querem em suas empresas aqueles que têm alguma deficiência leve e a pessoa com deficiência intelectual, pelas suas limitações, acaba não tendo tantas oportunidades de trabalho. É preciso uma política para que todos sejam atendidos de acordo com as suas habilidades”, afirmou Marilene.

Para o coordenador de Políticas para a Pessoa com Deficiência da Prefeitura, Daniel de Moraes Monteiro, a qualificação profissional da pessoa com algum tipo de deficiência deve ser melhor considerada. “É uma luta diária. É também preciso fortalecer a relação com os empregados e a sociedade para que a empregabilidade da pessoa com deficiência seja uma constante”, afirmou Daniel.

 

DESAFIO

 

Mariana Romano Rocha, 22 anos, é estagiária na Secretaria de Comunicação da Prefeitura e conta que é um desafio encontrar um trabalho. “A Prefeitura me contratou, mas acredito que se eu tivesse feito o processo de ir até empresas para entrevista eu não iria passar, por melhor que fosse meu currículo, porque existe o preconceito”, disse Mariana. “Não tenho dificuldades em exercer as minhas funções e meus colegas de trabalho são solícitos comigo, apesar de eu saber me virar bem sozinha. Ainda tenho algumas dificuldades para chegar no local de trabalho, a Praça Mauá é difícil de andar, sem alguma coisa para me guiar, mas considero as dificuldades como um novo desafio”.

 

Foto: Raimundo Rosa