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Estudantes em Santos aprendem com tribo de etnia Guarani

Publicado: 16 de abril de 2019 - 17h22

O som da música indígena, as pinturas na pele, características físicas, o artesanato e todo o conhecimento sobre a rica cultura dos índios brasileiros chamaram a atenção dos alunos da escola municipal Noel Gomes Ferreira e da unidade Judoca Ricardo Sampaio, em Caruara, nesta terça-feira (16). Eles tiveram um encontro com a tribo de etnia Guarani, da aldeia Ribeirão Silveira (entre São Sebastião e Bertioga), que visitou os dois espaços nos períodos da manhã e da tarde.

“Além de estarmos no mês que homenageia os índios, esta atividade é uma troca cultural, um intercâmbio, uma vivência importante para as crianças”, destacou a diretora da ‘Noel’, Vânia Pereira Lacerda. A unidade atende alunos de zero a 5 anos. Segundo a coordenadora pedagógica, Vera Lúcia Pontes de Oliveira, o evento contou com a participação de todos os professores e funcionários, além das famílias de ambas as unidades. “Ainda tivemos a parceria da subprefeitura da Área Continental, que cedeu o transporte”, completou.

A comunicação com a tribo foi feita pela professora Mylene Lyra, que participa do Comitê Intertribal de Memória e Ciência Indígena. “Já faço trabalho com os índios há mais de 20 anos e surgiu a possibilidade de, em parceria com as escolas do Caruara, trazê-los para esta visita”.

Todos os alunos tiveram momentos de conversa e troca de conhecimentos. Puderam fazer suas apresentações artísticas e ouvir as músicas típicas da tribo. Na ‘Noel’ teve muita interação e os pequenos mostraram suas canções infantis. Já na ‘Judoca’, os índios foram recebidos pelos estudantes do projeto Santos Jovem Doutor, com orientação sobre as vacinas do HPV e sarampo e doenças sexualmente transmissíveis.

“Nossas escolas estão em um local com grande potencial turístico, cercado pela natureza e ações como estas ensinam crianças e adolescentes a valorizarem o ambiente. E mais do que isso: é uma lição de respeito às diferenças. Também arrecadamos alimentos para doação à tribo”, disse a diretora da ‘Judoca’, Cristiane Giusti Vargas. A escola tem estudantes de 1º ao 9º ano e Educação de Jovens e Adultos. No mesmo local, o Estado atende alunos do ensino médio.

Causa indígena - “Foi um dia muito especial. Precisamos divulgar nossa cultura, nossa língua, nossas tradições. Ainda somos ignorados na sociedade e temos que mudar isso. Queremos que as pessoas defendam a nossa causa e ainda cuidem das matas, dos rios, do meio ambiente”, afirmou o líder do grupo visitante, Karaí Tataendy (filho do fogo), que leva o apelido português de Sérgio. Ele informou que visitas à aldeia podem ser agendadas pelo número (12) 99640-9723.

 

EXPERIÊNCIA

 

Lenitha Siqueira Costa, de 4 anos, aluna da ‘Noel’, ficou bastante empolgada. “Foi legal. Nunca tinha visto um índio”. Rayssa Bianca Silva dos Santos Medeiros, 15, da Judoca Ricardo Sampaio, também considerou uma ótima experiência. “Tenho ascendência indígena e para mim foi bem importante este momento”. Apesar de já estar no ensino médio, a estudante é veterana no projeto Santos Jovem Doutor.

 

Foto: divulgação