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Escola municipal mais moderna de Santos começa a receber alunos em 2020

Publicado:
15 de junho de 2019
10h 28

 

 

 

 

 

LEANDRO ORDONEZ

 

Sistema de reconhecimento facial para estudantes, funcionários e qualquer visitante, e um espaço de integração sensorial. Essas são algumas das novidades da escola que será entregue à população do Jabaquara para o ano letivo de 2020. A unidade mais moderna da rede municipal de ensino está sendo construída por meio de uma contrapartida – que inclui obras viárias da Nova Ponta da Praia – referente a um empreendimento imobiliário na Avenida Rei Alberto I.

O novo equipamento público ainda trará benefícios logísticos, já que contemplará até 76 estudantes que atualmente necessitam de transporte escolar para estudar na Vila Belmiro. A escola vai concentrar, em período integral, cerca de 600 alunos de até 10 anos, de berçário I e II, maternal I e II, jardim, pré-escola e ensino fundamental I (1º ao 5º ano).

Com 3,7 mil metros quadrados de área construída, a obra está orçada em R$ 13,6 milhões e se encontra 50% executada. Segundo a engenheira Larissa Oliveira, da Secretaria de Governo (Segov), “a etapa atual é de finalização de alvenarias e infraestruturas hidráulica e elétrica”. Os serviços são executados por uma construtora contratada pelo grupo empresarial responsável pelas compensações ao Município.

 

ESTRUTURA

Com os ambientes climatizados, o novo edifício terá 22 salas de aula, espaço multimídia com 60 lugares, brinquedoteca, biblioteca digital acessível (inclusive a cadeirantes e deficientes visuais) e laboratório tecnológico. Para evitar partículas de pó de giz no ambiente fechado (devido ao ar-condicionado), as lousas serão todas de vidro.

Teto com painéis solares para captação de energia e monitoramento por câmeras com cabeamento de fibra ótica completam a estrutura tecnológica que está sendo implantada. Já para a prática poliesportiva, haverá uma quadra de 763 metros quadrados. A unidade será apropriada para educação especial e atividades como música, artes visuais e dança.

 

Conforto, segurança e tecnologia serão marcas da unidade

Fraldários nas salas de berçário I e II estão entre as comodidades destacadas pela secretária de Educação, Cristina Barletta. “Ficarão dentro da própria sala de aula, como se fossem uma suíte, com água quente, bancada, cuba arredondada e todo o aparato necessário para os bebês. Não será preciso retirá-los da sala para fazer a higienização”.

Ela destaca também outras duas áreas da nova escola. “A estudioteca vai promover uma integração do aluno com o que há de mais moderno em equipamentos de ponta como tablets e notebooks. E um parque sonoro será projetado para que as crianças possam desenvolver a parte sensorial e a psicomotricidade por meio de som e cores”.

Já sobre o processo de reconhecimento facial, a secretária afirma que será atrelado ao Sistema de Gestão Escolar (SIG), permitindo um melhor planejamento da merenda diária e mantendo o controle de frequência dos alunos. Por meio de mensagens de SMS, os responsáveis pelo aluno são alertados em caso de falta. “É mais uma segurança para os pais”.

 

CÂMERAS MULTIFUNCIONAIS

 

O reconhecimento facial será realizado por meio de um software de ponta, aplicado às imagens das próprias câmeras de monitoramento (seis) da escola, explica Roberto Cruz, analista de sistema do setor de tecnologia de informação (Detic), da Prefeitura.

“O mesmo equipamento que está monitorando para segurança vai servir ao reconhecimento de todas as pessoas que ingressarem na unidade. Alunos e professores serão registrados, inclusive com os horários de entrada e saída. E será possível detectar se desconhecidos circulam pelo local”.

Segundo ele, as imagens gravadas permitirão a identificação de um mesmo indivíduo em momentos distintos. “Uma pessoa que observar a escola de manhã e tentar invadi-la à noite, por exemplo, já estará cadastrada”.

 

Sala de integração sensorial vai aprimorar estímulos

 

Outra novidade que a escola do Jabaquara propiciará à rede municipal de ensino será a sala de integração sensorial, voltada a crianças com algum tipo de transtorno – inclusive o autismo. “Trata-se de um ambiente acolhedor, que permite atividades físicas aliadas a estímulos de luz, som, cores, texturas e movimentos”, detalha Célia Maria Gouveia, chefe do setor de educação especial da Seduc.

Este tipo de recinto, segundo ela, costuma conter equipamentos como barra de flexão, para equilíbrio e coordenação; escada suspensa, para concentração e força, e suporte giratório no teto, para resistência. “São trabalhos que produzem respostas adaptativas e provocam estímulos no cérebro. Ajudam a desenvolver o sistema nervoso central e podem ampliar o estado de alerta”.

Coordenadas por profissionais especializados, as atividades são realizadas individualmente ou com grupos de até três alunos, conta Célia, exemplificando um outro benefício. “Crianças que têm problemas comportamentais ficam menos agitadas e isso as ajuda na sala de aula”.

 

Foto: Raimundo Rosa

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