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Curso treina novo olhar da perícia médica para servidores

Publicado: 12 de fevereiro de 2019
15h 05

A sensibilização de profissionais da perícia médica da Prefeitura para um novo olhar sobre o servidor teve início com uma capacitação sobre utilização da CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde) na prática em saúde do trabalhador. A atividade, a primeira oferecida pela Escola Municipal de Administração Pública de Santos (Emaps) neste ano, foi iniciada nesta segunda-feira (11), fruto de parceria com Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O objetivo é tirar o foco do diagnóstico da doença e enxergar novas possibilidades para o servidor nas avaliações realizadas no processo admissional, em exames periódicos e nas perícias. A capacitação prevê quatro encontros neste mês com envolvimento de médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, além de funcionários do Iprev, Capep-Saúde e comunidade acadêmica da universidade. A preparação do pessoal é feita pela doutora em Fisioterapia da Unifesp, Fernanda Cockell, e pela fonoaudióloga da rede municipal, Maria Cristina Biz.

Uma das participantes é a psicóloga da perícia e presidente do Comviver, Tais Viana, que vislumbra novos horizontes para o trabalho. “Estamos habituados a enxergar a pessoa como um doente e não vemos que existem possibilidades para ela, além da atividade que exercia antes de adoecer. Ficamos preocupados com o que ela não pode fazer e perdemos tempo em não avaliar o que ela pode fazer”.

Atualmente, o cuidado com o servidor é baseado no diagnóstico a partir do CID (Classificação Internacional de Doenças) e a expectativa, com a implementação da CIF, é de que surjam novas questões para abrir um leque de possibilidades e avaliações mais cuidadosas. Entre elas, qual limitação da atividade para o servidor, quais são as restrições de participação social que ele possa ter ou não na função da estrutura e como os fatores ambientais podem influenciar.

INDICADORES

 

A partir dessa formação, os profissionais da perícia precisarão trabalhar em rede, conversar entre si para gerar o próprio material de análise e os indicadores, que permitirão um olhar ampliado sobre o funcionalismo. “Conseguiremos saber, por exemplo: entre os nossos servidores que entraram para a vaga de deficiente, onde e como estão alocados, e o que é preciso criar para facilitar o exercício de suas atividades”, diz a docente Fernanda.

Em muitos casos, segundo ela, os afastamentos são alongados sem que haja percepção de que o retorno ao trabalho pode ser a forma de cuidar do servidor.

 

Foto: Susan Hortas