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Crianças descobrem como funciona o arquivo municipal de Santos

Publicado:
3 de junho de 2019
16h 11

Gabrielle Ferreira da Silva Lima, de 10 anos, viveu um breve momento de arquivista nesta segunda-feira (3) na Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams). Durante a explicação sobre como é realizada a limpeza de documentos, ela se voluntariou a vestir todo o equipamento necessário para essa atividade: luvas, óculos, avental, touca e máscara.

Ao lado de outros colegas da UME Colégio Santista, ela teve uma manhã de descobertas – além de agora saber que há um lugar que conserva os arquivos da Cidade, aprendeu sobre a importância da preservação de documentos históricos. A atividade integra a programação da 3ª Semana Nacional de Arquivos, organizada pelo Arquivo Nacional e pela Casa de Rui Barbosa.

“Gostei muito ainda da maquete que mostra o início da Cidade de Santos e de saber como a Cidade se desenvolveu”, destaca a estudante.

Demonstrando bastante interesse, os alunos visitaram todos os espaços do Acervo Permanente da Fams e participaram de atividades interativas.

“Muitas vezes, o arquivo é entendido como algo fechado, um lugar para poucas pessoas e não é. Nosso intuito é promover atividades para aproximar a Fams do público e, no caso das crianças, plantar essa semente desde cedo para que entendam a importância da preservação, a começar inclusive pelos documentos pessoais como a certidão de nascimento”, afirma Lilian Tavares, historiadora da Fams.

Os visitantes também conheceram o espaço onde estão guardados mapas e plantas. “Com essa abertura ao público infantil, contrariamos técnicos que dizem que não pode haver criança em acervo. Nós queremos que elas estejam aqui, criamos condições para isso. Queremos despertar o interesse. Algumas até questionaram sobre o horário de funcionamento porque querem trazer os pais”, diz Nelson Santos Dias, arquiteto e coordenador do setor de documentos cartográficos, onde estão guardados cerca de 9 mil mapas e plantas, a mais antiga de 1880.

No arquivo voltado às fotografias, desenhos e ilustrações, além de ver imagens antigas de Santos, as crianças descobriram como se faziam fotos antigamente, com câmeras fotográficas analógicas, utilizando rolos de filmes, até a evolução para os dias atuais. “Destacamos a importância de as pessoas preservarem também as suas fotografias, por meio da impressão. O papel ainda é o meio mais seguro, mesmo em meio a tantas tecnologias digitais”, alerta Marcelo Mathias, arquivista especialista em conservação fotográfica, que cuida de um acervo formado por mais de 300 mil imagens que contam a história de Santos.

PROGRAMAÇÃO

A 3ª Semana de Arquivos segue na Fams nesta terça-feira, das 9h30 às 11h, com visita monitorada para adultos e idosos interessados no tema. Na quinta-feira, no mesmo horário, é a vez dos jovens (as vagas para esta atividade já foram preenchidas).

Fotos: Marcelo Martins

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