Cidade criativa é caminho para inovação, segundo especialista
Mudar completamente a forma de pensar e agir para tornar uma cidade criativa. Esse é o princípio da visão da especialista em economia criativa e colaborativa, Lala Daheinzelin, que fez palestra, nesta quarta-feira à noite (2), no Sesc. A atividade fez parte do calendário do Setembro Criativo, promovido pela Prefeitura.
Ao abordar o tema "Criando Cidades Criativas e Colaborativas", ela destacou que o primeiro desafio do gestor e de todos é a sustentabilidade, a partir do limite de recursos. “A economia tradicional é feita a partir de recursos que se consomem com o uso porque são tangíveis, como a terra e o petróleo. A matéria prima da economia criativa é intangível, como o conhecimento: Quanto mais você usa, mais tem”, disse.
E completou: “Precisamos tirar o foco da infraestrutura, do agronegócio – que têm que existir, mas não são prioridade -, para irmos além da necessidade e trabalharmos educação e cultura”.
Colaborativa
Como exemplo, citou Medelin, na Colômbia, conhecida pelo problema com drogas e que, em menos de 15 anos passou de cidade mais violenta para mais inovadora, com 40% do orçamento investido em educação e cultura.
Lala Daheinzelin explicou que, para isso, é preciso otimizar recursos, compartilhando o que existe com todos, o que significa uma gestão envolvendo a comunidade. “O gestor não funciona como o fazedor. Quem sabe do problema do seu bairro é quem vive nele. Isso é gestão colaborativa, que é a tendência do futuro, percebendo também que recurso não é só moeda”.
Para Flavia Dantas, arquiteta da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, a palestra mostrou que o sonho pode se tornar realidade. “Queremos rever a forma de trabalho e como envolver os cidadãos para construir junto uma nova forma de riqueza. Todos somos responsáveis pela cidade em que vivemos. Acredito que vamos conseguir isso aos poucos”.
Foto: Divulgação