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Centros de convivência têm receita contra a depressão de idosos

Publicado: 6 de abril de 2016
16h 41

A política de assistência social descreve os centros de convivência (Ceconvs) como um local para fortalecer vínculos familiares e comunitários. Na prática, os Ceconvs mantidos pela Prefeitura funcionam como espécie de antídoto à depressão e ao isolamento de quem tem mais de 60 anos.

Maria Gil Mineo, 70 anos, sempre trabalhou na feira, no sacolão, vivia rodeada de gente, apressada e tinha muita responsabilidade. Aos 66, decidiu se aposentar e a rotina agitada deu lugar ao tempo livre. Sem se preparar para esse momento, entrou em depressão, passou a tomar medicamentos, inclusive para dormir.

“Eu ia à praia, ia passear e não me sentia bem. Nada me dava prazer”, recorda. O ânimo melhorou depois que entrou no Centro de Convivência da Zona Noroeste, na Caneleira. “Agora eu faço atividades segunda, quarta, quinta e sexta-feira, de manhã e de tarde, fiz amizades e me livrei do antidepressivo. A meta é deixar o remédio para dormir”.

Mesma língua

Beatriz Rio Lamarck (foto), 78, ficou viúva em 2000, depois de 45 anos de casamento. “Eu tive sorte porque na mesma época fui ajudar uma amiga que estava com depressão e acabei me ajudando também”, conta.

Ela frequenta o Ceconv Vida Nova, no José Menino, e afirma ter sido a melhor decisão da vida. “Aqui você convive com pessoas da mesma geração, gente que fala a mesma língua. Na velhice você é obrigado a lidar com perdas, com o corpo que não acompanha mais a cabeça. Nada disso é fácil”.

Ceconvs

A Secretaria de Assistência Social (Seas) gerencia os centros de convivência Isabel Garcia, Vida Nova e o da Zona Noroeste. Para entrar nos ceconvs os idosos são antes atendidos e encaminhados por um dos sete Centros de Referência de Assistência Social (Cras).

Foto: Francisco Arrais