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Centro da Juventude Zona Leste amplia atendimento em nova sede

Publicado: 2 de fevereiro de 2010
20h 00

Instalado em uma casa de três andares na Vila Mathias desde novembro de 2008, o Centro da Juventude da Zona Leste e Região Central Histórica oferece atividades culturais e físicas gratuitas para jovens de 14 a 24 anos. Neste endereço, a unidade da Prefeitura, por meio da Seas (Secretaria de Assistência Social), ampliou o atendimento nas oficinas e aumentou as vagas no PVJ (Programa Municipal de Valorização do Jovem).

Só no ano passado, cerca de 100 jovens já passaram pela unidade ou se inscreveram nos cursos de teatro, balé clássico, artes plásticas, ginástica e consciência corporal, desenho e violão. Os centros da juventude (existe outro na Zona Noroeste, que atende também moradores de morros) têm como filosofia garantir espaço físico e profissionais de diversas áreas nas oficinas, criadas a partir do próprio interesse do público juvenil.

PROGRAMA
O PVJ foi criado pela lei 2.362/2005 e regulamentado pelo decreto 4.571/2006, com o objetivo de garantir ocupação a jovens em situação de risco e vulnerabilidade social, permanência no sistema educacional e cidadania, e prepará-los para o mercado de trabalho. Simultaneamente, a iniciativa contribui para diminuição da violência, uso de drogas, contaminação pelo HIV (vírus da Aids) e outras doenças sexualmente transmissíveis, além de gravidez não planejada.

Os participantes recebem mensalmente a bolsa-auxílio de R$130,00, durante seis meses, que podem ser renovadas. Nesse período, de segunda a sexta-feira, frequentam cinco oficinas: saúde e meio ambiente, das palavras (leitura e escrita), comunicação (linguagem midiática), psicossocial (cidadania e postura do jovem na sociedade) e preparatória para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

PROTAGONISTAS
Os instrutores e monitores são recompensados ao difundir o saber, enquanto os jovens ganham conhecimentos para saber lidar com a vida. A jornalista e advogada Maria Fernanda Portolani, instrutora das oficinas de palavras e de comunicação, atua nas terças e quartas-feiras. "É uma troca de saberes e de olhares. Todos passam pelos mesmos problemas, mas cada um à sua maneira", disse, acrescentando que tem a missão de "ajudá-los a entender a realidade e se engajarem nas discussões sociais".

Daniel Ramos, instrutor cultural cedido pela Secult (Secretaria de Cultura), responde pela oficina livre de violão. "É gratificante poder ajudar. Talvez não tivesse esta oportunidade em outro lugar. Além disso, os alunos demonstraram empenho e disciplina". Um exemplo de que os métodos do Centro da Juventude dão resultados é Nayara Cristina dos Santos da Cruz, 17 anos.

Oriunda de um programa semelhante ao PVJ, o Agente Jovem, venceu etapas, superou obstáculos e foi convidada para ser monitora na oficina de balé clássico, graças também aos sete anos de estudos no curso do Teatro Municipal. Nayara se considera “privilegiada" em dar aulas para meninas da sua idade e ser respeitada pelo grupo. "Não transmito apenas a parte técnica, mas cidadania e como enfrentar os problemas externos. Sou amiga e conselheira".

Um dos integrantes do programa, Márcio Caldeira, 18 anos, já concluiu o ensino médio e pretende ser médico. Ele está confiante em bom desempenho no exame do Enem para obter uma bolsa de estudo. Há dois anos no PVJ, Caldeira elogia a convivência com as pessoas e afirma que enquanto o sonho da medicina não se concretiza, pode se tornar um locutor de rádio. "Todos elogiam minha voz", garantiu.