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Autores de violência em Santos vão assistir palestras para desconstruir o machismo

Publicado: 9 de abril de 2019 - 21h39

A Prefeitura lançou, nesta terça-feira (8), um novo programa para diminuir a reincidência de casos de violência contra a mulher, o Programa 'Respeitar, que atuará na conscientização e ressocialização do autor da agressão.

O programa propõe que homens autores de violência doméstica familiar participem de grupos de reflexão e discussão sobre o tema, com o intuito de desconstruir o conceito de dominação e poder sobre a mulher. 

O trabalho será desenvolvido de forma especializada e humanizada em palestras dirigidas por especialistas em diferentes temas, sempre relacionados à violência de gênero. O objetivo é coibir novas agressões e conscientizar os homens de que determinados atos caracterizam violência doméstica e familiar.

A medida se aplica a homens autores de violência contra a mulher que estejam com inquérito policial e/ou processo criminal em andamento no Poder Judiciário em Santos, em atendimento à Lei Maria da Penha.

Os homens serão encaminhados pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Delegacia de Defesa da Mulher, Ministério Público e Poder Judiciário. A duração do programa será decidida de acordo com cada caso, por um grupo de representantes das secretarias de Desenvolvimento Social e de Saúde.   

A lei municipal (3.532) de criação do programa foi assinada pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa durante solenidade no Salão Nobre Esmeraldo Tarquínio.  “A conscientização e a educação são os melhores caminhos para gerar uma mudança de comportamento, a fim de quebrar esse ciclo de violência e promover qualidade de vida para as mulheres e toda a família", disse o chefe do Executivo, ao subscrever o projeto de lei preparado pela vereadora Audrey Kleys.

Para a coordenadora de Políticas para a Mulher da Prefeitura, Diná Ferreira Oliveira, o trabalho visa a uma mudança cultural. "Queremos garantir que o homem agressor não reproduza essa violência. Não adianta apenas punir, precisamos conversar, educar, conscientizar, mudar a cultura do machismo, para que ele entenda que para ser homem não é

necessário agredir”.

 

OUTRAS INICIATIVAS

Em Santos, a Delegacia de Defesa da Mulher funciona 24 horas por dia desde o último dia 26 de março. A Cidade também instituiu, em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o programa Guardiã Maria da Penha, parceria com o Ministério Público que atua na proteção de mulheres sob medidas protetivas, por meio da Guarda Municipal. O Município também mantém a Casa das Anas, para o acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.

 

Foto: Francisco Arrais