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Alunos aprendem empreendedorismo e inovação no Parquinho Tecnológico

Publicado:
23 de abril de 2018
17h 14

Kátia Locatelli 

“Antes eu não tinha foco para gastar. Agora pesquiso e penso antes de consumir. Quando vou ao supermercado, como antes para não comprar a mais e, na Páscoa, comparei os preços dos ovos e até fiz em casa”. O depoimento é de Miguel Silva, 15, da escola Avelino da Paz Vieira, durante oficina de educação financeira, nesta segunda-feira (23), no Parquinho Tecnológico, localizado no 4º andar do Colégio Santista (Vila Nova).

Sua professora, Thaís Marinho, pediu para a turma comparar os preços de uma mesma loja nas versões virtual e física. “A virtual é mais barata porque não tem funcionários e aluguel para pagar”, explicou Miguel.

Ele é um dos mil alunos do 1º ao 9º ano das unidades Avelino e Santista, que participam, desde o início do ano, de projeto piloto da Fundação Parque Tecnológico, em parceria com as secretarias de Educação e de Governo. A iniciativa inclui, ainda, oficinas de cultura empreendedora, jogos estratégicos, linguagem de programação e robótica. A intenção é que todos os alunos passem pelos cursos, cuja duração diária é de uma hora e meia cada, com conclusão em um semestre.

Enquanto Miguel assistia à aula de educação financeira, Jeferson Leal, 16, aprendia o que é e-commerce, tendo como exemplo a Amazon, a mais conhecida loja do gênero no mundo. Segundo a professora Karla Vaz Siqueira Cañete, na semana passada eles sugeriram soluções para situações hipotéticas em uma loja física. “Falamos sobre liderança, motivação, criatividade, inovação”, disse Karla.

Já Juliana Fernandes Fernandes, que aplica Jogos Estratégicos, trabalha o raciocínio lógico, estratégia de negócios e interdisciplinaridade, por meio de jogos de tabuleiro e de cartas. A aluna Aline Carvalho, 13, treinava o que aprendeu com as colegas no Jogo da Mesada. Ela disse que no jogo e na vida é preciso economizar e fazer contas. Conforme Aline, “quando está sobrando é necessário guardar para suportar os momentos mais difíceis”.

JAPÃO

Sob orientação do professor de linguagem de programação, Leandro Bravo Silva, o estudante Willian Wallace Calixto, 13, elabora com seu grupo um game em que só se passa de fase respondendo uma pergunta sobre o Japão. A criação de games é feita por meio do scratch, uma linguagem de programação intuitiva, disponível on-line, criada especialmente para crianças e adolescentes. Willian contou que melhorou muito seu desempenho escolar em matemática depois de frequentar a oficina.

Na classe da professora de robótica, Andrea Aparecida Santos, o clima era de concentração. Os participantes tentavam resolver seis problemas com os ensinamentos teóricos e práticos aprendidos até o momento. “Robótica ensina a criação de robôs da idealização ao funcionamento”. Ela comentou que o dia era de revisão e avaliação.

 

 

 

PARQUINHO É ESPAÇO ÚNICO NO PAÍS

 

“É um espaço único de inovação no País, que oferece diversas opções num só lugar, visando transformar alunos em futuros empreendedores. Aqui a tecnologia é meio, não fim, objetivando a aprendizagem”, destacou o chefe do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Governo, Felipe Nogueira. Ele informou que há 34 tablets disponíveis para as oficinas. De acordo com ele, para atender também às escolas dos morros, o Parquinho Tecnológico está sendo expandido para a Vila Progresso.

A responsável pela iniciativa e chefe da Seção Núcleo Tecnológico (Senutec) da Secretaria de Educação, Adriana Praxedes, contou que o Parquinho consta desde 12 de abril no site de Cidades Criativas, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O texto, em inglês, lembra que Santos é uma das cidades criativas na área de cinema e aborda o trabalho desenvolvido com crianças no estímulo à inovação e ao empreendedorismo, com aulas sobre tecnologias digitais, mídias e audiovisual. “É o reconhecimento de um trabalho inovador”, afirmou Adriana.

As oficinas são ministradas diariamente, com duas turmas de manhã (do 6º ao 9º ano da Avelino da Paz Vieira) e duas à tarde (1º ao 5º) do Colégio Santista, todas com 16 alunos.

 

 

Fotos: Rogério Bomfim

 

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