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Agentes de endemias recebem orientações sobre leishmaniose

Publicado: 20 de setembro de 2018 - 18h59

Os 137 agentes de controle de endemias de Santos participaram de palestras na tarde desta quinta-feira (20) sobre leishmaniose visceral, doença identificada em mais de 30 cães em Santos a partir de 2015, embora o inseto transmissor, popularmente conhecido como mosquito-palha, até hoje não tenha sido localizado na Cidade. Não há registro de casos em munícipes.

“O objetivo é que os agentes, ao realizarem o seu trabalho nas residências ou nas unidades de saúde, agucem o olhar para esta doença e percebam situações em que ela pode estar presente”, destacou o veterinário Laerte Carvalho, da Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses.

A fêmea do inseto é quem se alimenta de sangue e transmite a doença a partir da picada em um animal infectado. Na área urbana, o principal hospedeiro do protozoário que causa a doença é o cão, além do ser humano.

Os ovos, que medem 0,2 mm (imperceptíveis ao olho nu), são depositados pela fêmea em material orgânico (folhas e fezes, por exemplo) em ambiente úmido, com temperatura em torno de 25 graus, preferencialmente. Por isso, é de extrema importância manter os ambientes limpos.

Não há tratamento definitivo para o cão com leishmaniose. “No caso da leishmaniose visceral, os medicamentos reduzem a presença do parasita, diminuem a possibilidade de transmissão da doença, mas não eliminam o protozoário”, alerta Carvalho. Nos humanos, a doença tem cura.

Os cães com leishmaniose visceral apresentam pele e mucosas com feridas; queda de pelos na orelha e em volta do nariz; emagrecimento e crescimento exagerado da unha. Nos humanos, a leishmaniose visceral causa febre, palidez, fraqueza e aumento das vísceras - principalmente do baço e fígado.

A leishmaniose tegumentar geralmente traz uma ferida na pele única ou em pequeno número, com bordas elevadas e indolor. Provoca ainda formação de feridas e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Também podem ocorrer perfurações do septo nasal ou do palato.

 

Foto: Marcelo Martins