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Acessibilidade em edifícios e obras viárias de Santos avançam por toda a Cidade

Publicado: 9 de agosto de 2019 - 13h41

Nos últimos seis anos a Prefeitura executou 58 obras, nas quais foram investidos R$ 140 milhões, todas contemplando acessibilidade. As melhorias podem ser notadas nos modernos edifícios totalmente acessíveis, em reformas com adaptação de espaços; no novo padrão Calçada para Todos que está se tornando realidade de forma gradativa e integrada com as pavimentações e ciclovias. 

Os itens de acessibilidade podem ser conferidos nas quatro vilas criativas (Zora Noroeste, Vila Progresso, Vila Nova e Morro da Penha), nas quatro novas escolas (Marapé, Embaré, São Jorge, Piratininga), nos dois ginásios poliesportivos (Arena Olímpica e poliesportivo – M. Nascimento), na moderna sede do Creas Pop (Paquetá), no restauro do Museu Pelé e, ainda, em nove policlínicas construídas (Bom Retiro, Caruara, Morro Santa Maria, Ponta da Praia, Aparecida, Piratininga, Alemoa, Vila Nova e Morro São Bento), na UPA ZN e no Hospital dos Estivadores.

Em áreas urbanas, destacam-se revitalizações de vias no Centro Histórico e outros bairros (Frei Caneca, Riachuelo, João Pessoa, Othon Feliciano, Amador Bueno, Dom Pedro I, Marrey Jr., praças Mauá e do Sesc e novas calçadas do São Manoel), na remodelação do Eixo Turístico do Gonzaga e na Conselheiro Nébias, imediações da Seção de Fisioterapia (Serfis). Estão presentes na construção e recuperação de 24 pontilhões (nos canais 1, 2, 4, 5, 6, 7 e na Zona Noroeste), na implantação de seis ciclovias (canais 4, 5, 6, entorno do Jardim Botânico, Jovino de Melo e Eleanor Roosevelt). E também em reformas como a do Deck do Pescador, dos quiosques do Embaré e do canal 6, e do Museu dos Bondes.

 

EIXO BASE

 

O eixo base de atenção compreende a eliminação dos obstáculos físicos nos principais acessos (entradas), circulação entre os pavimentos, corredores e salas, além dos sanitários e a sinalização tátil, que dá autonomia às pessoas com deficiência visual. Já em vias públicas, além da eliminação dos obstáculos físicos, é importante assegurar a travessia de pedestres através de rampas ou faixas elevadas. 

“Até 2015, as normas de acessibilidade focavam principalmente as áreas de acesso ao público. Hoje, o foco está mais amplo e abrange todos os detalhes das áreas internas, onde circulam os funcionários”, explica a arquiteta Maria Valéria Affonso, da pasta de Infraestrutura e Edificações. “Por isso, a maioria das construções, entre 2004 e 2015, mesmo contemplando acessibilidade, precisam ser aperfeiçoadas”.

 

ADAPTAÇÃO X PRESERVAÇÃO

 

Os edifícios históricos e tombados necessitam de muitos estudos para que todas as suas áreas estejam disponíveis ao público. Às vezes, o projeto esbarra em espaços pequenos que não podem ser alterados e, neste caso, é preciso construir um anexo para comportar elevadores e outros itens de acessibilidade, exemplo do projeto previsto para a Estação do Valongo.

 

“Criatividade e pesquisa são fundamentais para intervenções em edifícios ou áreas históricas. O projeto não se resume ao olhar do arquiteto, mas precisa também do entendimento de quem cuida do planejamento da cidade como um todo, além de ajustes dos conselhos de defesa do patrimônio histórico, o Iphan (federal), o Condephaat (estadual) e o Condepasa (municipal). Foi o que ocorreu no projeto para a Praça da República, em função do intenso fluxo de transporte público no entorno”, revela a arquiteta Maria Valéria Affonso.

 

Acessibilidade traduzida em detalhes

 

Para tornar os espaços acessíveis são utilizados vários dispositivos. A sinalização no solo é feita com relevo e cor. Pisos direcionais (com retângulos) significam que a pessoa pode andar com segurança. Já pisos de alerta (com pequenos círculos) avisam alteração de nível, irregularidades, proximidade de escadas, elevadores e obstáculos suspensos.

 

Placas em Braille e em baixo relevo, indicam aos deficientes visuais, por exemplo, em que pavimento estão, sempre no início e no final dos corrimãos de escadas fixas e rampas. Bancadas de recepção com altura de 72 centímetros permitem o atendimento adequado a cadeirantes.

 

A circulação vertical é garantida por rampas com inclinação máxima de 8,33 %, plataformas elevatórias e elevadores. Estes têm botões em Braille e espelho para o cadeirante sair de costas. Na circulação horizontal o cuidado é com a largura adequada.

 

SANITÁRIOS

 

Banheiros acessíveis têm entrada independente, dimensão adequada e altura correta de papeleira e cabides. O vaso sanitário, mais elevado, possui barras laterais de apoio e alavanca para acionamento da descarga (quando necessário). O sifão do lavatório, suspenso, permite o encaixe da cadeira de rodas, e a instalação do espelho é feita com inclinação de 10 graus.

 

A porta abre para fora e o puxador horizontal facilita o fechamento. Conta com alarme de emergência, proteção metálica para impedir estragos na madeira causados pelas cadeiras de rodas e barra diante da pia. Serve para apoio de usuários de bengala, sem riscos de quebrar a louça sanitária e se machucar.

 

LEIS E NORMAS

 

Acessibilidade é necessidade enfrentada por pessoas com dificuldade visual e físico-motora, amparada por lei federal (10.098/2000); norma 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas; e o Estatuto da Pessoa com Deficiência, de 2015. A NBR 9050 definiu que todos os novos edifícios devem ser construídos com acessibilidade; e os antigos precisam de adaptação quando forem passar por reforma. 

 

Galeria de Imagens

Banheiro com porta na dimensão adequada para cadeirante e suportes de segurança. #Pracegover
Banheiro com porta na dimensão adequada e elementos de segurança para movimentação - Foto: Susan Hortas
Cadeirante próximo a balcão com altura compatível para quem está sentado. #Pracegover
Balcão de atendimento é compatível para cadeirantes - Foto: Susan Hortas