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Zona Noroeste: baile ao ar livre resgata tempos de romantismo

Publicado: 16 de maio de 2016
15h 28

O gosto pela dança, a vontade de aproveitar cada minuto da vida e o romantismo levaram no domingo (15) muitos casais para o Baile da Zona Noroeste. Foi a sétima edição do evento, que ocorre todo domingo no Centro Cultural da Zona Noroeste, das 19 às 22h. O ambiente intimista continua abrindo espaço para dançar com o rosto colado. O repertório também ajuda a criar uma atmosfera de paz e amor.

Carlos Alberto Candeias, 69 anos, aposentado, morador da Areia Branca, prestigia o baile desde o lançamento e disse que toda semana aumenta o número de participantes. "Você conversa com as pessoas e descobre que tem gente de São Vicente, Praia Grande e de tudo que é lado".

Dirce de Azevedo Candeias, 66, do lar e moradora da Areia Branca, disse que o baile revive os tempos românticos. "É sempre bom dançar juntinho, pena que saiu de moda".

Gentileza

Antônio Ogea, 59, e Silvana Ogea, 61, ambos aposentados, vêm do Marapé para o baile. Na opinião de Antônio, a geração atual faz tudo sozinha, inclusive se divertir. "Não é saudosismo, mas a vida era melhor quando se dançava coladinho". Silvana concorda e diz que assim como caiu em desuso esse estilo de dançar, a gentileza também foi esquecida. "A pessoa hoje só vê o seu lado, seu interesse".

Laércio de Barros, 62 anos, vem de Cubatão todo domingo para se divertir. Ele concorda que a atmosfera do baile é romântica e fala de uma sociedade mais gentil. "Antes não precisava ter lei para se dar lugar no ônibus para um idoso, mulher com crianças e grávida sentar. As pessoas estavam mais desarmadas".

Rosângela Yanez Lopes, pensionista, lamentou que o individualismo esteja exagerado e disse que isso torna o baile ainda mais importante. "Espaço como esse é cada vez mais necessário, não podemos competir em todos os lugares, isso não é saudável".

Foto: Helena Silva