Servidores municipais recebem informações sobre câncer de pele

O carpinteiro Kaio Sérgio Oliveira de Melo, 20 anos, faz parte da equipe da Seserp (Secretaria de Serviços Públicos) responsável pela manutenção do mobiliário instalado na orla, como brinquedos de madeira, bancos e quiosques. O ofício acaba gerando ao trabalhador alguns riscos. “A gente fica bastante tempo no sol e a exposição pode causar queimaduras e outros problemas”.

Para orientar os funcionários, que assim como Kaio passam boa parte do dia na rua, a SMS (Secretaria de Saúde) promoveu nesta sexta-feira (4), no auditório da Unip, 'Capacitação sobre Exposição Ocupacional ao Sol e Prevenção ao Câncer de Pele'.

Durante a palestra, que contemplou cerca de 300 funcionários da prefeitura, a médica do trabalho Lucy Vitale falou da importância do uso do protetor solar e o comparou a um outro equipamento de proteção individual que entrou recentemente na rotina do brasileiro.

“O filtro solar tem de passar a fazer parte do dia a dia assim como foi com o cinto de segurança. No começo a gente achava ruim, incomodava, hoje você entra no carro e coloca o cinto automaticamente. Tem de ser da mesma forma com o protetor”.

Riscos
Entre os males causados pela exposição ao sol sem proteção estão, além do câncer de pele, queimaduras, catarata, reações alérgicas e foto envelhecimento. Só no ano passado foram diagnosticados 115 mil novos casos de câncer de pele no Brasil. Deste total, de 2 a 4% foram causados pela atividade profissional.

“Acho que é uma questão de disciplina, porque você tem que respeitar o tempo de espera, aplicando de 20 a 30 minutos antes de sair de casa, e também lembrar de reaplicá-lo a cada uma hora e meia”, disse a agente comunitária de saúde da Alemoa Evani Moreira Santos, 39 anos.

Para quem nunca se protegeu, a dica é começar a cultivar o hábito e procurar, uma vez ao ano, um dermatologista para verificar a existência de alguma lesão. “Cerca de 75% da radiação solar recebida ocorre nos primeiros 20 anos de vida”, afirmou a palestrante.