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Saiba mais sobre a febre amarela

Publicado: 15 de janeiro de 2018
19h 06

 Nas últimas semanas, a preocupação em torno da febre amarela levou milhares de santistas às policlínicas em busca da vacina contra a doença. No entanto, não há motivo para pânico.

O município de Santos não registra casos de febre amarela e a campanha de vacinação que será iniciada em 3 de fevereiro terá como foco a prevenção. Os primeiros casos de febre amarela registrados recentemente no Brasil são do tipo silvestre, transmitidos pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, que não circulam em Santos. Já a versão urbana da doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também transmissor da dengue, da zika e da febre chikungunya.

Para que o mosquito transmita todas essas doenças, é necessário que primeiro pique um indivíduo com o vírus, se contamine e depois pique alguém sadio. Só desenvolve a doença quem nunca teve contato com a febre amarela. Pessoas que já tenham tido a doença ou tomaram a vacina ficam imunes. O período de incubação do vírus é de 3 a 7 dias após a picada.

“Por falta de informação, muitas pessoas chegaram a acreditar que o macaco transmitia a febre amarela, o que não é verdade. O macaco é tão vítima quanto o humano. O único transmissor é o mosquito. A doença não passa do macaco para o humano de forma direta”, esclarece a chefe do Departamento de Vigilância em Saúde de Santos, Ana Paula Valeiras.

Em grande parte dos casos, a febre amarela não apresenta sintomas. Mas quando ocorrem, as principais manifestações da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. Na forma mais grave da doença, podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), hemorragias e cansaço intenso.      

A febre amarela tem cura. Na maior parte dos casos, o sistema imunológico trata de expulsar o vírus.  Embora na forma mais grave da doença exista uma taxa de mortalidade considerável, a cura também é possível.   

Além da avaliação clínica, os médicos podem solicitar exames de sangue para a identificação da febre amarela. Não há um tratamento específico para a doença, sendo o paciente atendido de acordo com os sintomas que apresentar.

VACINA

A campanha de vacinação contra a febre amarela ocorrerá entre os dias 3 e 24 de fevereiro, sendo estes também os dias D, quando as policlínicas estarão abertas excepcionalmente para vacinar a população.  

A vacina que será ofertada para a população acima dos 2 anos de idade é fracionada, sendo necessária uma segunda dose após 8 anos.

Crianças de 9 meses a menores de 2 anos de idade tomarão a dose padrão, sendo esta suficiente para toda a vida. Quem já tomou a vacina antes da campanha não precisa se imunizar novamente, porque a dose anteriormente ofertada é válida para toda a vida.

A dose fracionada não é indicada para pessoas em condições clínicas especiais: portadores do HIV; pacientes que fizeram tratamento recente de quimioterapia; pessoas submetidas a transplante de célula-tronco; portadores da síndrome mieloproliferativa crônica; portadores de síndrome linfoproliferativa e pacientes com hemofilia, hemorragias hereditárias e doença falciforme. Todos estes devem tomar a dose padrão da doença, mas somente após avaliação e recomendação médica.

A vacina contra a febre amarela não é recomendada para crianças de até 6 meses de idade; gestantes; mulheres que amamentam bebês com até 6 meses de idade; e alérgicos a gelatina e a ovo. Pessoas com 60 anos ou mais podem tomar a vacina desde que passem por avaliação médica e apresentem autorização por escrito.