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Readaptação profissional resgata autoestima de servidores

Publicado: 30 de junho de 2010
18h 00

‘Toda pessoa tem 100% de capacidade dentro das suas restrições’. Esse conceito, difundido em seminários sobre readaptação profissional, resume a importância da iniciativa para valorização do trabalhador que sofre limitações laborais devido a problemas de saúde.

Na prefeitura, 663 servidores já foram readaptados em outras funções, devido a restrições ortopédicas, psiquiátricas ou causadas por doenças neurológicas e dermatológicas, entre outras. Atualmente, 461 deles estão na ativa, prestando serviços à população dentro de suas possibilidades, o que contribui para o resgate da autoestima e gera economia aos cofres públicos, pois se evita aposentadorias precoces e pagamento de salário de servidores afastados.

Desde 2005, a readaptação de servidores municipais estatutários é coordenada pela Serea (Seção de Readaptação Profissional) e Corprof (Coordenadoria de Readaptação Profissional), subordinadas ao Desmet (Departamento de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) da Secretaria de Gestão. Também conta com apoio das psicólogas da Coais (Coordenadoria de Assistência Integral ao Servidor).

Para ser readaptado, o funcionário deve ser encaminhado pelo médico da Seção de Perícias Médicas, além de estar afastado há pelo menos seis meses consecutivos ou 12 alternados no período de um ano e meio.

A assistente social e chefe em substituição da Serea, Ana Paula Ribeiro, afirmou que é avaliada a situação sociofuncional do servidor e decidido em conjunto com ele para qual função e setor da prefeitura será encaminhado, seguindo as restrições médicas. “A gente procura passar que o retorno ao trabalho será bom para sua saúde”, disse Ana Paula. O trabalhador ainda passa por treinamento de 30 dias e avaliação em parceria com as chefias imediatas. Segundo o coordenador de readaptação profissional, Adison Antonio dos Reis Jr., a mudança de função não altera o cargo, nem o salário do servidor.

Bom retorno
Quem comprova os benefícios com o retorno ao trabalho é Iracy Alves da Silva, 50 anos, funcionária pública há 20 anos. Ela ingressou com o cargo de monitora, atuando em centro comunitário e creche, mas precisou abandonar a atividade devido a problema com hérnia de disco e tendinite.

Após quase três anos afastada, Iracy voltou à prefeitura em agosto do ano passado na função de oficial administrativa no Sevrest (Seção de Vigilância e Referência em Saúde do Trabalhador), onde se tornou em março chefe administrativa. “Sinto falta de trabalhar com as crianças, mas como gosto de me comunicar e aqui lido bastante com o público, também estou gostando bastante”.

Outro exemplo é Sandra Cunha dos Santos, 45 anos, há dez na prefeitura como professora. Após ter desenvolvido trombose no ombro e problemas de coluna, ela ficou afastada por quase dois anos. Com auxílio dos profissionais da Corprof, retornou em abril na função de educadora na Semam (Secretaria de Meio Ambiente), onde dá palestras e treina monitores, guardiões-cidadãos e grupos da comunidade. “Minha intenção é despertar a consciência das pessoas, e o meio ambiente é uma maneira para isso”.

Mais informações podem ser obtidas no Desmet (Rua José Ricardo, 40, Centro) ou pelo telefone 3219-4589.