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Pacientes com DST encontram assistência e apoio com equipe multidisciplinar

Publicado: 10 de novembro de 2016
13h 43

Doenças sexualmente transmissíveis (DST), quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves. Em Santos, a população encontra assistência e apoio multidisciplinar gratuito na rede municipal de saúde.

O tratamento melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de contágio dessas doenças, transmitidas por relações sexuais sem uso de preservativo com uma pessoa infectada.

HIV

Munícipes que querem fazer o exame de HIV podem realizá-lo na policlínica de referência de seu bairro. Também podem ir direto ao Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), onde recebem orientações e são submetidos a exames, entre eles o teste rápido, com resultado em 30 minutos.

Se positivo, a pessoa é encaminhada à Seção Centro de Referência em Aids (Secraids). Já crianças, gestantes e adolescentes, à Seção Núcleo Integrado de Atendimento à Criança (SeNic)- testes positivos são submetidos a exame confirmatório.

Tratamento

Na Secraids e na SeNic, o paciente passa por equipe multiprofissional e iniciará tratamento, que inclui medicamentos antirretrovirais fornecidos gratuitamente.

“Quanto mais cedo o paciente tomar os antirretrovirais, melhor será sua qualidade de vida. É importante também fazer os exames periódicos ao longo do ano, que incluem avaliação de sistema imunológico e quantificação de carga viral”, explica a coordenadora do Centro de Controle de Doenças Infectocontagiosas, Regina Lacerda.

Gestantes

Por meio do programa 'Mãe Santista', gestantes fazem o exame de HIV e sífilis nos 1º e 3º trimestres da gravidez. Em casos positivos, a unidade convoca o parceiro para o teste. A mulher com HIV positivo é encaminhada ao SeNic, onde fará pré-natal especializado e terá acompanhamento psicológico. 

Na gestação, receberá medicamentos para que o bebê não seja infectado. Após o nascimento, não poderá amamentá-lo, pois o leite materno também transmite o vírus.

“Durante quatro semanas o bebê tomará antirretroviral em forma de xarope e será acompanhado por pediatra até a certeza de resultado negativo. Se positivo, continua em acompanhamento”, afirma Regina, ressaltando que em mais de seis anos não há crianças infectadas na rede.

Sífilis

Pacientes com sífilis são tratados com medicamentos nas policlínicas ou diretamente no CTA. São monitorados por meio de exames até a cura. Casos de sífilis congênita recebem tratamento específico, a fim de evitar sérios problemas ao bebê. Se infectada, a criança ao nascer já é tratada no hospital.

Hepatites virais B e C

Na policlínica de referência de seu bairro, o munícipe pode tomar vacina para hepatite B, além de medicamento específico. Nas unidades é possível ainda fazer exame para diagnóstico da hepatite C. O morador tem a opção de ir direto ao CTA ou é encaminhado ao setor por médico da policlínica.

Para a C, há medicamentos novos que curam a doença e são gratuitamente oferecidos pelo Ministério da Saúde.

CTA volante

A Secretaria Municipal de Saúde conta com equipe volante do CTA, que diariamente percorre unidades e áreas com concentração de população vulnerável para oferta de teste rápido.

Profissionais de odontologia

Recentemente, a Prefeitura realizou fórum sobre DST e hepatites para capacitação de profissionais de odontologia. Cuidados, prevenção e biossegurança estiveram entre os assuntos abordados, com o objetivo de sensibilizar para reduzir riscos de acidentes ocupacionais e promover a melhora da qualidade da assistência odontológica.

Orientações

- As DST geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
- Algumas podem não apresentar sintomas. Portanto, se fizer sexo sem camisinha, procure o serviço de saúde.
- Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) é o método mais eficaz para reduzir risco de transmissão de DST
- Também são DST: corrimentos, gonorréia, condiloma, úlceras genitais, herpes genital, entre outras

Números de pacientes na rede municipal

# HIV - 120 crianças e adolescentes, e em torno de 30 mulheres gestantes/ano em atendimento na SeNic; cerca de 4.700 adultos em atendimento na Secraids
# Hepatites Virais B e C - 1.600 pacientes com hepatite B e C matriculados na Secraids
# Sífilis - 169.546 casos no Brasil de sífilis em gestantes, dos quais 42,9% na região Sudeste (dados de 2005 a 2016 – Ministério da Saúde)
# Sífilis congênita - 142.961 casos no Brasil em menores de 1 ano, dos quais 45% no Sudeste (dados de 1998 a 2016 - Ministério da Saúde)

Serviço

=> Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA)
Rua Silva Jardim, 94, Vila Mathias
Atendimento de segunda a sexta, das 8h às 13h
CTA volante no período da tarde, de terça a sexta-feira
Tel. 3229-8791 e 3229-8797 (Disque-Aids)

=> Seção Núcleo Integrado de Atendimento à Criança (SENIC)
Rua Silva Jardim, 94, Vila Mathias
Atendimento de segunda a sexta, das 8h às 18h
Tel. 3229-8796

=> Seção Centro de Referência em Aids (Secraids)
Rua Silva Jardim, 94, Vila Mathias
Atendimento de segunda a sexta, das 8h às 18h
Tel. 3229-8792

* Pacientes com HIV com sequelas graves da doença ou em situação de vulnerabilidade social são encaminhados à Seção Casa de Apoio e Solidariedade ao Paciente de AIDS (Rua Vahia de Abreu, 57, Boqueirão), onde permanecem temporariamente.