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Jardim da orla tem equipe exclusiva de manutenção

Publicado: 4 de maio de 2016
16h 26

Mais de cinco quilômetros de extensão, com largura entre 45 e 50 metros e um total de 218.800 m². Um espaço com tamanha grandeza não é fácil de manter conservado. Ainda mais quando a área em questão é um jardim. E não é um qualquer. Trata-se do maior jardim de orla do mundo, de acordo com o Guinness Book of Records, o livro dos recordes. Não é à toa que o cartão postal da Cidade recebe constante manutenção.

Diariamente, uma equipe da Prefeitura formada por 14 pessoas, entre jardineiros, ajudantes gerais e operadores de máquina, faz esse trabalho, além de outras equipes que realizam a limpeza de toda a área verde e a areia.

Cores

A enorme faixa verde, que se junta às cores vivas das flores e encanta moradores e turistas, contorna a praia com mais de 900 canteiros de plantas e mais de 1.700 árvores e palmeiras, segundo levantamento da Secretaria de Meio Ambiente.

O corte da grama é diário com os microtratores. O serviço começa na altura do Aquário e segue até o Posto 1, no José Menino. Só não ocorre quando chove, para não prejudicar a vegetação.

Outros trabalhos também são executados diariamente, como a limpeza dos canteiros de plantas ornamentais, trato das espécies e verificação de pragas, aplicação de produtos, além da adubação, replantio e reforma dos canteiros.

Espécies

Chefe do Departamento de Áreas Verdes, o engenheiro João Cirillo, que trabalha há 18 anos com o jardim, calcula aproximadamente 500 mil m² de grama cortada por mês.

Nos últimos anos, plantas mais resistentes foram colocadas próximo à faixa arenosa. Outras espécies, que não precisam ter tanta resistência ao vento sul e à salinidade da areia, ficaram no lado junto à ciclovia.

A manutenção da altura das plantas também merece cuidado para não criar uma barreira na visão das pessoas que estão andando de carro, a pé ou de bicicleta. “O cuidado permite que o jardim tenha movimento e possa ser observado de vários pontos”, explica Cirillo.

Trabalho com gosto

Sergipano de Pirambu, distante 30 quilômetros da capital Aracaju, o jardineiro Voluciano dos Santos tem 18 dos seus 58 anos dedicados à manutenção do jardim da orla. O trato com as plantas foi adquirido com o aprendizado do dia a dia.

“Antes, trabalhava na construção civil, não tinha nada a ver com o que faço hoje. Mas no jardim venho trabalhar com prazer. Não há nada melhor do que você cuidar de um canteiro e ver ele florir após receber o seu tratamento”, conta.

Curiosidades

• O engenheiro Saturnino de Brito teve a ideia da construção dos jardins, em 1914, mas apenas em 1930 foi construído o primeiro trecho; 
• Diante da expansão imobiliária, o prefeito da época, Joaquim Montenegro e o poeta Vicente de Carvalho se movimentaram para tornar o espaço uma área pública e, assim, criar o jardim; 
• Foi concebido apenas com grama e alguns chapéus-desol, em pontos estratégicos. Nas décadas de 1970, 1980 e 1990, o desenho do jardim era geométrico; 
• Em 2003, com a construção da ciclovia, os engenheiros quiseram remodelar as áreas verdes e resgataram o formato curvilíneo; 
• Algumas espécies que colorem o jardim são características da região: lírios amarelos e brancos, os biris vermelhos, os crisântemos brancos, amarelos e mesclados e as dracenas vermelhas; 
• A maior parte das árvores que está no jardim é de chapéus-de-sol. Eles foram colocados na época por causa do sombreamento e a fácil aceitação do clima com a espécie; 
• A palmeira azul, que fica no Emissário Submarino, é especial. Há apenas um exemplar ao longo de todo o jardim.

Foto: