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Evento debate inclusão da história da cultura afro-brasileira nas escolas

Publicado: 17 de novembro de 2011
20h 00

A importância da lei 10.639/2003, que alterou a lei 9.394/1996 e estabeleceu a obrigatoriedade de incluir no currículo oficial da rede de ensino a história da cultura afro-brasileira, foi o tema debate na programação da Semana da Consciência Negra, na quinta-feira (17).

O evento aconteceu no Unimonte, com a participação da mestre e doutora em história social pela USP, Clotilde Paul, e da bacharel em letras, ativista e integrante do 5º Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) da Zona Noroeste, Miriam Floripes.

Clotilde fez um retrospecto da história do Brasil, desde a descoberta, passando pela catequese indígena, tráfico e escravidão do negro, suas lutas, resistência de Palmares, libertação e, por fim, a importância da raça negra na formação da sociedade. “Falta-nos resgatar ainda a contribuição do povo negro à história do Brasil. Nos livros didáticos, depois de 115 anos da abolição, o negro está ausente. Nosso dever é reparar essa história esquecida e deformada”.

Miriam Floripes falou sobre as dificuldades de se impor como uma mulher negra, filha de uma família negra e mãe de um médico negro. “Como militante, prego a integração social e como educadora, primo em elevar a consciência da raça negra, principalmente entre jovens e crianças, porque estudando e adquirindo cultura, jamais serão discriminados”.

O debate foi mediado pela educadora Sandra Regina Pereira Ramos, da Seduc (Secretaria de Educação) e contou com a participação de alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos) da escola José Bonifácio.