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Emoção marca a reinauguração do palco do Teatro Municipal

Publicado: 19 de dezembro de 2010
20h 00

Não poderia ter sido mais emocionante. O espetáculo ‘Dos escombros de Pagu’, em homenagem aos 100 anos de nascimento de Patricia Galvão, marcou sábado o resgate da valorização cultural da cidade com a reinauguração do palco do Teatro Municipal Brás Cubas.

No piso de madeira frejó, de alta durabilidade, a atriz Renata Zhaneta, sob direção de Roberto Lage, foi a estreante que levou aos santistas um panorama da vida e obra de Pagu, com texto de Tereza Freire.

Segundo o secretário de Cultura, Carlos Pinto, a partir de janeiro o teatro voltará a fazer parte do rol das casas de espetáculos, quando artistas e bailarinos poderão conferir as vantagens do novo palco, como o sistema de amortecimento para facilitar as apresentações de dança, e a auto regeneração do piso que se mantém liso e sem marcas.

A entrega do novo palco é mais uma etapa concluída do trabalho da Secult (Secretaria de Cultura) na modernização e reforma do teatro, que já está com plateia ampliada de 540 para 588 lugares, nova luz de solo, novo carpete e gradil. Até agora, o investimento é de aproximadamente R$1.500.000,00, oriundos de verba parlamentar.

”A previsão para 2011 é a construção do camarote com dez lugares, mini auditório para cursos e palestras, finalização da impermeabilização da esplanada e recuperação do foyer”, afirmou o secretário.

Entre os santistas que fizeram questão de prestigiar a entrega do novo palco, estava uma ex-aluna de balé, Andrea Sposito. Acompanhada de mais duas amigas, ela estava ansiosa para rever o palco que faz parte das suas lembranças de menina. “É uma realização para mim porque quero ver o teatro bonito de novo, como era na década de 80. Quero esse lugar resgatado para trazer meus filhos e sobrinhos”, comentou.

Exposições
Antes do espetáculo, o público circulou pelo foyer, repleto de obras e memórias em homenagem a Pagu. Com participação de artistas da região e alunos da Unisanta, a mostra “Pagu – O Sagrado Oculto’ reúne 26 obras feitas a partir de fotografias, gravura, acrílico sobre tela, ensamblagem, técnica mista, entre outras. Para se inspirar e criar, cada artista recebeu do curador da exposição, Gilson de Melo Barros, um texto de autoria da própria Patricia Galvão.

Em outra área do foyer, a exposição ‘Viva Pagu’, sob curadoria de Lucia Maria Teixeira Furlani, se divide em três atos ou três fases de Patricia Galvão, com manuscritos inéditos da escritora.

Na cor verde, um grande painel destaca o início de sua vida com álbum de fotos de família, amigas e de Olympio Guilherme – a primeira paixão. Em vermelho é marcada sua militância política, com apresentação de um folder eleitoral, de 1950.

Já a cor lilás apresenta sua dedicação à cultura e arte, seu retorno a Santos, com imagens de Pagu junto de Plínio Marcos, de Cacilda Becker e Cleide Yáconis – duas atrizes reveladas pela própria Pagu, além de outras curiosidades e fragmentos de suas memórias. As duas mostras podem ser visitadas gratuitamente até o dia 30 (exceto dia 24), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.