Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Debate celebra Dia Internacional da Mulher na Gibiteca

Publicado: 6 de março de 2016
10h 58

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, data que será celebrada no próximo dia 8, a Gibiteca Municipal Marcel Rodrigues Paes promoveu, na tarde de sábado (5), o bate-papo ‘Mulheres e o Mercado de HQs’. O painel foi composto pela jornalista Gabriela Franco, pelas pesquisadoras Natania Nogueira e Dani Marino, das desenhistas Camila Torrano e Germana Viana e da participação à distância da professora Sonia Luyten.

Um texto enviado por Luyten abriu o bate-papo. A escrita destacava a produção feminina no mercado de quadrinhos e a omissão de nomes das profissionais de destaque em premiações.

“No começo, para conseguir obter algum destaque, tive que me empenhar três vezes mais que meus amigos”, apontou Camila Torano, que também falou sobre as situações desconfortáveis e cômicas que passou por ser uma mulher que desenha quadrinhos de terror.

“Em uma pesquisa recente foi constatada que hoje, no Brasil, temos uma porcentagem de 40% de leitoras e um mercado com 30% de mulheres produzindo HQs”, ressaltou Gabriela Franco, idealizadora do MinasNerds, um espaço dedicado para discussão do mundo geek.

As cinco convidadas presentes também destacaram a nova Miss Marvel como uma personagem feminina forte e falaram sobre o empobrecimento das super-heroínas.  

“A história da SuperGirl apresenta dois momentos. No primeiro ela vem como uma pessoa independente, autoconfiante e determinada, o que durou apenas uma edição. Depois de um tempo ela volta em definitivo, mas de forma insegura e dependente do seu primo, o Super-Homem”, relatou Natania Nogueira. 

Também foram debatidos os meios e caminhos para fortalecer a diversidade no público de HQs. “Acho que estamos no caminho. Ainda não atingimos todas as mulheres, apenas um nicho. Se um quadrinho atinge a diversidade, ele abre as portas de um novo mercado”, explanou Germana Viana.

Público

O debate atraiu muitas pessoas para a Gibiteca, que estava lotada. Mulheres e homens compareceram e mostraram interesse nos temas debatidos. “Achei fantástico. Como elas falaram, ainda é muito necessário termos esse tipo de conversa. Estou começando a desenhar agora e vim, direto de São Paulo, ouvi-las e pegar algumas dicas na vivência que estas profissionais tiveram”, falou a quadrinista Beliza Buzollo que produz as tirinhas ‘Na Ponta da Língua’.

Fotos: Ronaldo Andrade