Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

De marinheira a grafiteira, o amor mudou a vida de Andressa Sirius - assista vídeo

Publicado: 11 de dezembro de 2017
13h 42

Fã incondicional do marinheiro Popeye, personagem clássico dos quadrinhos, ela decidiu seu futuro por volta dos nove anos.

“Vou ser marinheira”, vaticinou à família. “Ninguém entendeu nada”, lembra, divertindo-se, a artista plástica santista Andressa Sirius, 23 anos, cujo talento pode ser apreciado na mureta que se encontra no jardim da Avenida Presidente Wilson, em frente ao número 132, próximo ao canal 1.

Depois de duas tentativas frustradas de ingressar na carreira, Andressa desistiu do sonho de infância e decidiu fazer outra coisa. Mas aí, seu destino cruzou com o do grafiteiro Leandro Schesko e lá se vão seis anos de amor, aprendizado e parceria. “Ganhei dois presentes em um”, resume ela, sobre seu ex-professor de grafite, com o qual divide a arte e os dias.

MANDALA

Batizado Sol e Lua, o trabalho que imprimiu à mureta retrata um momento muito particular de sua vida. Há um ano estudando as mandalas por conta da Faculdade de Artes Plásticas, Andressa descobriu que esses desenhos simétricos que representam o universo a mantêm focada. “Essa figura me traz uma produtividade muito boa”, acredita ela, dizendo ter descoberto, em seu trabalho com Shesko, não gostar de “desenhar de tudo”.

Definindo-se como “agitada”, a artista atribui a seus estudos sobre a mandala uma mudança de comportamento e um aprendizado. “Estou mais calma e descobri que desenhos mais simétricos e proporções exatas me agradam mais”.

VÍCIO

Parceira de Shesko em vários trabalhos, como a pintura externa do Bonde Pelé e o painel gigante na Rua João Pessoa, logo após a Praça Rui Barbosa, Andressa tem a mureta como um marco profissional, pois é seu primeiro trabalho autoral. “Ele está oferecendo uma visibilidade muito importante da minha linguagem e sinto que estou no caminho certo”, avalia, dizendo que as mandalas viraram um verdadeiro vício, das quais sente falta, caso delas se afaste por alguns dias.

Da menina que mantinha um diário e sempre terminava o relato do dia com pelo menos um desenho, para a artista mais segura de sua opção, um componente não mudou: Shesko. “Só que, agora, os papéis se inverteram e é ele que é meu assistente”, brinca Andressa.

Foto: Isabela Carrari