Com nova comunicação visual, cemitérios recebem milhares no Dia de Finados
A localização dentro dos três cemitérios municipais está mais fácil com a nova comunicação visual instalada pela Prefeitura. Além das placas informativas que dividem as áreas por cores e indicam os túmulos de notáveis, os equipamentos também contaram neste Dia de Finados com a atuação de profissionais de vários setores, além das missas e apresentações instrumentais. Tudo para garantir o conforto dos milhares de visitantes.
“Achei bem legal as placas, porque facilitam bastante na localização. O cemitério está bem organizado e limpo”, disse o eletricista Gustavo Ferrari, 23 anos, que foi visitar os túmulos da avó e bisavó no Areia Branca.
No entorno deste cemitério, os comerciantes cadastrados aproveitavam a oportunidade para faturar com a venda de velas e flores. “Para a gente, o Finados representa o nosso ano inteiro. É bastante trabalho, mas vale a pena”, conta Maria José Santana Silva, 36, conhecida como Jô.
As equipes educativas de controle de vetores da Secretaria de Saúde orientaram os munícipes e ajudaram a retirar as embalagens de flores para não acumular água. “É importante para evitar a criação de larvas da dengue. Vou retirar o papel alumínio”, disse o engenheiro Emerson Rodriguez, 44, que foi visitar o túmulo da sua mãe no cemitério do Paquetá, o mais antigo da cidade.
No local, os painéis mostram a posição exata das campas históricas, como as do poeta Vicente de Carvalho ou do pintor Benedito Calixto. O artista plástico Nelson Luís Ulhôa Cintra, 54, já sabia a localização do túmulo de Calixto por estar perto da campa de sua família. “Ele foi um excelente artista e pintor dos mais importantes. Faço questão de sempre deixar minha homenagem”. Já os profissionais da Assistência Social realizavam a abordagem e identificação de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil dentro da campanha ‘Poupe a criança de um futuro ruim. Não dê esmola’.
A medida é aprovada pelas zeladoras de campas cadastradas, a exemplo de Marlei Augusto, 49 anos, que há 27 tira o seu sustento da atividade no Filosofia (Saboó). No cemitério, uma das áreas mais visitadas é a capela de Maria Mercedes Féa, assassinada em 1928 pelo próprio marido e que teve o corpo escondido numa mala. “A partida dela foi muito trágica e a história toca a gente. Eu tenho uma fé muito grande nela”, destaca a aposentada Eugênia Nascimento, 61, que deixou flores no local.
Também atuaram na conservação e limpeza das alamedas e velários dos cemitérios os profissionais da Secretaria de Serviços Públicos. Os agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) realizaram o controle e orientação do tráfego nas vias próximas e os guardiões cidadãos e guardas municipais fizeram rondas nas partes internas, com apoio da Polícia Militar nas áreas externas.
Foto: Susan Hortas