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Cidades portuárias se mobilizam pela renovação das frotas de caminhões

Publicado: 13 de setembro de 2011
18h 00

Insegurança, poluição do ar, ineficiência logística e outros transtornos causados por caminhões muito antigos que transitam nos portos brasileiros foram situações apresentadas pelo prefeito João Paulo Tavares Papa ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, terça-feira (13), em Brasília.

Como presidente da ABMP (Associação Brasileira de Municípios Portuários), ele solicitou a audiência com o objetivo de viabilizar mecanismos para a renovação da frota, prioritariamente nas cidades com portos. Foi formado um grupo de trabalho que estará em Santos no final deste mês para dar encaminhamento à proposta.

"A ideia é implementar nas cidades portuárias um 'piloto' do Plano Nacional de Renovação de Frota de Caminhões - RenovAr, elaborado pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes). É um plano de interesse nacional, pois tem grande alcance socioambiental", disse o prefeito aos representantes do Ministério, Humberto Luiz Ribeiro da Silva (secretário de comércio e serviços), Heloísa Regina de Menezes (secretária de desenvolvimento de produção) e assessores técnicos.

Papa também apontou a necessidade de linhas especiais de financiamento, incentivos fiscais e de normativa para a reciclagem dos caminhões antigos.

O diretor de revitalização e modernização Portuária da Secretaria Especial da Presidência da República, Antonio Maurício Netto, a coordenadora de Projetos Especiais da CNT, Marilei Menezes, e integrantes do Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista) reforçaram a urgência de uma política nacional sobre o tema.

"Foi muito importante que a nossa proposta tenha sido levada até Brasília. É fundamental que a categoria seja ouvida", destacou Fredy Aurélio Fraile, do Sindicam/Porto de Santos, que participou do encontro junto com os também representantes da entidade, Thiago Queiroz de Almeida, José Carlos Magalhães de Oliveira e André Augusto Duarte.

O presidente do CAP (Conselho da Autoridade Portuária) e secretário municipal de Assuntos Portuários e Marítimos, Sérgio Aquino, também esteve presente.

Riscos
A frota circulante no Brasil tem na sua maioria veículos fabricados há muitos anos, o que gera alto custo de manutenção, risco à fluência e segurança no tráfego, prejuízo à movimentação de cargas, maior consumo de combustível e poluição ambiental. Cerca de 5 mil caminhões circulam em Santos, dos quais 90% tem mais de 30 anos de fabricação.

Durante o Congresso Nacional da ABMP, realizado no início deste mês em Itajaí (SC), os prefeitos participantes apontaram que os problemas relacionados se agravam nas cidades portuárias.

Segundo estudos da Agência Nacional de Transporte Terrestre, 64% da frota de caminhões de carga tem idade superior a 20 anos, sendo que 20% supera 30 anos. Esta frota obsoleta provoca cerca de 10 vezes mais poluentes atmosféricos.