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Bandas mudam comportamento de alunos da rede municipal

Publicado: 28 de junho de 2010
18h 00

Capaz de promover mudanças no comportamento e desenvolvimento educacional dos estudantes, o projeto ‘Pra Ver a Banda Tocar’, da Seduc (Secretaria de Educação), tem influenciado na vida dos alunos, tanto em relação ao ensino quanto no convívio social e familiar. Essa transformação é atestada pelas próprias crianças, que passam a ter melhores notas, e é confirmada por pais, instrutores e professores.

A proposta se baseou em estudos que comprovam a importância da música para o bem-estar das crianças. Segundo a professora Maria de Lourdes Pimenta da Silva, coordenadora do projeto, “a música ajuda os alunos a desenvolverem o raciocínio matemático, capacidade de concentração e memória”. Para o maestro e coordenador musical Alexandre Felipe Gomes, “eles adquirem responsabilidade, disciplina, mais interesse em sala de aula e amor pela escola”.

Desde maio de 2005, o ‘Pra Ver a Banda Tocar’, que faz parte dos programas ‘Santos Criança’ e ‘Escola Total’, leva educação musical para crianças do ensino fundamental (1ª ao 9ª ano), entre 7 e 14 anos.

As bandas participam de desfiles cívicos, abertura de eventos, festas comunitárias e concursos em várias regiões do Estado, destacando Santos como um dos municípios que mais apóiam e valorizam essa atividade no país.

O reconhecimento veio em junho de 2007, com o título de ‘Prefeitura Amiga das Bandas’, outorgado pela Afaban (Associação de Fanfarras e Bandas da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira). Atualmente, entre instrumentistas e linha de frente (alunos que fazem coreografias e levam as bandeiras), são quase 1.500 participantes em 32 bandas.

Interesse
A fanfarra da escola municipal Pedro Crescenti, no bairro Castelo, interage com a população carente no entorno e valoriza quem demonstra interesse musical. A ex-aluna Lisley Monteiro passou a estudar na E.E. Zulmira Campos, mas manteve suas raízes com a banda da escola. Está no grupo há dois anos. “É assídua aos ensaios, o que lhe permitiu passar rápido do prato para o trompete”, afirmou o regente Rodrigo Vilela.

Para Ynara Cristina de Menezes, de 11 anos, do 6º ano da unidade municipal Cidade de Santos, no Embaré, a banda lhe ensinou responsabilidade ao cumprir os horários de ensaio. Com isso, progrediu da caixa para o trompete. Já Carolym Sales Bezerra, de 15 anos, acredita que ampliou sua capacidade de memória ao decorar as notas musicais. Seu forte é percussão: iniciou na caixa e hoje toca bumbo.

Alguns, como Matheus Candeia Iglesias, de 8 anos, da escola Maria de Lourdes Borges Bernal, na Zona Noroeste, começaram na flauta e evoluíram para o trombonito. A mãe dele, Maria Cristina, confirmou que o garoto foi influenciado pelos desfiles cívicos da Semana da Pátria. “Ele escolheu estudar na ‘Bernal’ porque tem banda”.

Fonte de inspiração
A banda da escola Judoca Ricardo Sampaio, em Caruara, na área continental, com trajetória de 14 anos, serviu como uma das fontes inspiradoras para a criação do projeto ‘Pra Ver a Banda Tocar’. Sua formação, em 1998, coincide com o fim do bloco carnavalesco ‘Em cima da hora’, que deixou como herança os instrumentos de percussão e o carnavalesco Heverson Carlos da Conceição.

Com Heverson, o grupo ficou em 2º lugar no campeonato de Cubatão e o 1º lugar, no Prêmio Comunidade em Ação, ambos em 2005, além de vencer o Festival de Fanfarras da Abafan em 2009.