Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Aquário recebe filhote de lobo-marinho

Publicado: 5 de julho de 2011
18h 00

Um filhote de lobo-marinho, com menos de um ano, cerca de 10 quilos e 60 cm de comprimento, chegou ao Aquário às 20h10 da última terça-feira (5), após ser recolhido na praia do Centro, em Peruíbe, pela Polícia Ambiental.

O animal, cujo sexo e espécie ainda não foram identificados, recebeu os primeiros cuidados da equipe técnica do Aquário. Na quarta-feira (6), foi submetido a exames de sangue, que indicaram uma infecção. Em 4 de janeiro deste ano, o parque perdeu o lobo-marinho fêmea Alegra e, em 10 de abril, Macaezinho.

Cuidados
“O lobo-marinho desgarrou-se do grupo por força das correntes marítimas. Estava totalmente perdido e muito estressado”, disse o veterinário Gustavo Dutra, responsável pelo primeiro atendimento ao animal.

Segundo ele, o mamífero está boas condições gerais, com visível massa muscular e tecido adiposo, mas com suspeita de comprometimento no olho esquerdo por uma catarata. Ele vem recusando a alimentação, à base de sardinha e manjuba.

“Por desconhecer peixe morto, não sabe que é comida. Por isso é necessário insistir, até porque ele está em fase de adaptação”, afirmou a veterinária Cristiane Lassálvia. Caso a situação permaneça, ele será alimentado por sonda.

Dúvida
Por ser ainda um filhote, os veterinários têm dúvida sobre sua espécie e na quarta pela manhã encaminharam imagens do animal para identificação por parte do Centro de Mamíferos Aquáticos, órgão consultivo do ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, responsável pela normatização técnica. O Ibama também foi informado.

Os veterinários suspeitam tratar-se de um lobo-marinho da espécie tropicalis, por apresentar peito de pelagem branca. “Mas, como é filhote, essa característica pode desaparecer . Ele pode ser, ainda, das espécies gazella, pusillus ou townsendi”.

Dutra esclarece que, em se tratando de um tropicalis, espécie não nativa do país, mas da região subantártica (abaixo da Patagônia), o lobo-marinho permanecerá no Aquário.

“O Brasil é signatário de Tratado Antártico, que impede a soltura dessa espécie para evitar a disseminação de agentes patogênicos, capazes de introduzir novas doenças nas regiões subantártica e antártica”, explicou o veterinário. Em se tratando de outras espécies, o lobo-marinho será tratado e, quando totalmente recuperado, devolvido ao mar.

De qualquer forma, explicou, a preocupação maior da equipe não é identificar a espécie, mas sim garantir a saúde do animal. “Mas estamos torcendo para que seja um tropicalis, pois existe o desejo de que ele permaneça no parque”, disse Cristiane Lassálvia.